Zuluaga se afasta de campanha a quatro dias para eleições na Colômbia

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2014 20h50
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Bogotá, 11 jun (EFE).- O candidato da oposição à presidência da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga, que ficou na primeira colocação no primeiro turno, sumiu neste quarta-feira da campanha a quatro dias do segundo turno por causa de uma laringite aguda que o impediu de comparecer aos debates que tinha programados com o líder e candidato à reeleição, Juan Manuel Santos.

Os médicos que visitaram Zuluaga, do movimento Centro Democrático, diagnosticaram a infecção e recomendaram repouso por quatro dias, que coincide com as eleições de domingo.

A primeira consequência da doença do candidato da oposição foi sua ausência no debate agendado para a manhã desta quarta-feira na “Caracol Radio” com Santos, quefoi à emissora e transformou o debate em entrevista, centrada nos diálogos exploratórios anunciados na terça-feira com o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN).

Aparentemente Zuluaga começou a se sentir mal neste fim de semana e apesar dos médicos terem recomendado suspender atos de campanha nos departamentos de Boyacá e Nariño, ele não obedeceu.

A infecção de Zuluaga não só o impediu de participar do debate na “Caracol Radio”, mas também de ir ao próximo debate programado para a noite desta quarta na “RCN Television”, e parece que não participará de mais atos de campanha até no domingo.

Já Santos aproveitou o foco que ganhou a quatro dias das eleições para enfatizar o discurso da paz, agora fortalecido após anunciar que dialoga desde janeiro deste ano com o ELN, a segunda guerrilha do país, com 1.500 combatentes, segundo dados oficiais.

Santos confessou que a decisão de anunciar os diálogos a poucos dias da disputa foi um ato de “transparência” com o povo colombiano, para que saiba “que está passando por esse processo em todas suas facetas” e para que no domingo possam votar cientes disso.

“Era melhor dizer às pessoas que isso estava acontecendo e não que isso vazasse”, disse o presidente que, ao ser questionado pelo futuro desse processo de paz, assim como o das Farc, e disse que não assinará um acordo de fim do conflito sem que as guerrilhas deixem as armas.

“Não há a menor possibilidade de chegarmos a um acordo em que a guerrilha fique com as armas”, disse o presidente, que lembrou que no processo de paz de Havana já se instalou uma subcomissão que debate o quinto e último ponto da agenda, o fim do conflito, que inclui a desmobilização dos rebeldes e a deposição das armas.

Se Zuluaga não se recuperar a tempo, não voltará a aparecer publicamente até domingo, quando o próximo presidente da Colômbia será escolhido nas urnas para o mandado que vai de agosto de 2014 a 2018. EFE

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