119 pessoas foram assassinadas pela resistência armada ao Regime Militar

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 12/12/2014 10h33

No dia 12 de janeiro de 2010 — há quase cinco anos, portanto —, publiquei a lista de todas as pessoas que foram assassinadas pelos terroristas de esquerda durante o Regime Militar. Cheguei a 119. O Clube Militar fala em 120. Que fossem apenas duas, pouco importa: suas respectivas mortes e seus respectivos nomes tinham de estar na lista da Comissão da Verdade. Por que não estão? Pelo visto, essa turma não leva a sério aquela história de que a morte de qualquer homem nos diminui. Eles não se sentem diminuídos nem com mais de 100.

E que se note: entre os 434 mortos “do bem” (os assassinados pelas esquerdas, pelo visto, são “mortos do mal”), há uma pessoa que já se sabe estar, felizmente, viva. Trata-se de Dirce Machado da Silva. A relação elaborada pelas esquerdas inclui, por exemplo, os que morreram de arma na mão no Araguaia. Antes que prossiga, uma questão de princípio: não deveria ter morrido uma só pessoa depois de rendida pelo Estado. Ponto final. Não há o que discutir sobre esse particular.

Mas o que é que os livros de história, boa parte da imprensa e, agora, a Comissão da Verdade escondem de você, leitor? Apenas a… verdade! As esquerdas alegavam até outro dia que o Regime Militar, ao longo de 21 anos, havia matado 424 pessoas — número agora ampliado para 434. É um total provavelmente inflado. Mortos comprovados eram 293 (agora não sei mais). Os outros constavam como “desaparecidos” e se dava de barato que tenham sido eliminados por agentes do regime. Havia casos em que a vinculação com a luta política não estava nem comprovada. E, como já lembrei, estão na lista os mortos do Araguaia, que estavam lá para matar ou morrer. Que corpos tenham sumido, é evidente, é inaceitável. Que pessoas tenham sido executadas depois de rendidas, idem. Adiante.

O que não se diz é que o terrorismo de esquerda matou nada menos de 119 pessoas, muitas delas sem vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Consolidou-se ainda outra brutal inverdade histórica, segundo a qual as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.

No meu blog publico quatro posts com os respectivos nomes de 119 pessoas que foram assassinadas pelos terroristas de esquerda, 19 delas antes do AI-5.

Se vocês forem pesquisar, muitos homicidas estão na lista dos indenizados do Bolsa Ditadura, beneficiados por sua suposta “luta em favor da democracia”. Ou, então, suas respectivas famílias recebem o benefício, e o terrorista é alçado ao panteão dos heróis. Os casos mais escandalosos são os facinorosos Carlos Marighella e Carlos Lamarca. Quem fez a lista dos assassinados pela esquerda é o grupo Terrorismo Nunca Mais. “Ah, lista feita pelo pessoal ligado os militares não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda? Vale? Ademais, as mortes estão devidamente documentadas.

Ah, sim: para as vítimas da esquerda, não há indenização. Como vocês sabem, elas não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Verdade, que é de mentira.

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