Alberto Youssef é um “bandidinho”

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2015 20h44
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Sérgio Lima/Folhapress Doleiro Alberto Yousseff sofre infarto em Curitiba

Pergunta: Qual é a importância da nova condenação do doleiro Alberto Youssef pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná?

Resposta: O doleiro paranaense, lá de Londrina, Alberto Youssef, foi condenado pela segunda vez dentro da Operação Lava Jato. A primeira vez foi por causa das propinas da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, junto com o famoso Paulinho do Lula. Desta vez, porém, é um assunto diferente.

Ele foi condenado, acusado pelo Ministério Público Federal, de ter lavado, ou participado da lavagem, de pelo menos um milhão e cem mil reais de dinheiro que foi entregue ao seu ex-patrão, José Janene, que morreu, e que era do Partido Progressista, do Paulo Maluf, pelo operador do Mensalão, Marcos Valério Fernandes.
Então, está provado o cinismo dos advogados que procuram desmoralizar a delação premiada dele, dizendo que ele é um bandido que não merece crédito à palavra dele. Primeiro, a palavra dele está sendo testada pelas investigações da Polícia, então não adianta dar crédito ou não dar crédito. A Polícia é que vai saber se ele tem ou não tem razão quando delata.

Em segundo lugar, ele sempre foi um bandido. Mas não um BANDIDO. É um bandidinho vagabundo, de quinta, um doleirozinho lá do norte do Paraná. E não é nenhum réu primário. Ele foi envolvido no escândalo do Banestado, ele pagou propina a um diretor do banco do estado do Paraná para obter empréstimos irregulares para uma companhia de automóveis e foi condenado por isso. Mas fez delação premiada e descumpriu, e por isso perdeu o privilégio que ele tinha pela delação premiada de não cumprir pena. Só que isso foi em 1989.

Agora, esse cidadão ainda foi lavar dinheiro para corrupção dos partidos governistas – PT, PMDB, PR, etc – no Mensalão. E depois do Mensalão, que foi um processo julgado no Supremo Tribunal Federal, e que os seus protagonistas foram condenados, ele ainda foi procurado para chefiar um esquema de lavagem de dinheiro na Petrobras para pagamento de propinas. Então é um seguinte: ele é um bandidinho.

Agora, e os bandidões que o contratam e o contrataram ao longo de 15, 16 anos sem prestar atenção na ficha policial desse cidadão? Essa é a importância dessa nova condenação dele pelo juiz Sérgio Moro. Por fazer a conexão e por mostrar como são imprudentes certos altos dirigentes federais.

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