Alguém tem que pagar o pato – João Paulo Cunha vai rir do mensalão

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2015 10h28
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Agência Brasil João Paulo Cunha almoça com companheiros em acampamento em frente ao STF

Boa notícia para mais um mensaleiro da cúpula petista.

Depois do “Poderoso Chefão”, e ex da Casa Civil, José Dirceu, do convalescente-coitadinho José Genoíno, ex-presidente do PT, e do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, todos condenados por corrupção ativa, chegou a vez do estrelado João Paulo Cunha bater asas da Papuda.

Condenado a seis anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa e peculato, que é o desvio de dinheiro público, Cunha vai pra casa depois de ter cumprido seus poucos meses no semi-aberto, e devolvido aos cofres públicos irrisórios R$ 536 mil que ele teria desviado dos cofres públicos. A progressão de regime foi autorizada pelo próprio ministro Luís Roberto Barroso – aquele que no final do julgamento do Mensalão, substituiu Carlos Ayres Britto e ajudou a mudar o destino dos mensaleiros, votando pela absolvição de oito réus, do crime de formação de quadrilha.

Pois, bem, premiado pela Justiça com a prisão domiciliar, o ex-presidente da Câmara que foi pego com a mão na botija, agora vai poder rir da grande piada que foi, ao final das contas, o julgamento do Mensalão.

Um caso típico de dois pesos e duas medidas, onde a cúpula do partido que idealizou, articulou e concretizou a máfia de desvio de dinheiro público para compra de apoio político já está livre, e os peixes pequenos, sem influência política continuam esquecidos no xadrez.

É o caso dos publicitários Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Também continuam atrás das grades, a diretora da agência SMP&B, Simone Vasconcelos; os ex-dirigentes do Banco Rural, Kátia Rabelo e José Roberto Salgado e o ex-presidente do Banco Rural, Vinicius Samarane.

O passado sempre serve de lição para o presente. O desfecho do Mensalão é um prenúncio do que poderá se repetir no julgamento do Petrolão.

Quando o tempo fecha na Justiça, a corda costuma arrebentar do lado mais fraco. E nesse lado, não se enganem não estão os políticos.

– Tremei, empreiteiros. Alguém terá que pagar o pato!

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