Ansiedade: Quem não sofre desse mal?

  • Por Leo Fraiman / Jovem Pan
  • 18/02/2014 10h02 - Atualizado em 20/09/2017 09h37
REPRODUÇÃO/ INSTAGRAM THALIA Cantora Thalia posta foto de machucado no olho causado por nervoso e ansiedade por lançamento de CD

Nos dias atuais, cada vez mais pessoas se sentem pressionadas com um cotidiano cheio de horários, compromissos e tarefas complicadas para serem realizadas em pouco tempo. A tal ansiedade, sentida por muitos, ainda não é totalmente compreendida e pode ser confundida com algum distúrbio mais grave. Até que ponto, portanto, é normal se sentir ansioso?

Uma noiva prestes a se casar, a aproximação de uma viagem dos sonhos, um aniversário, entre outros eventos importantes e esperados na vida de uma pessoa costumam gerar ansiedade. O termo vem do latim “anxius” e pode ser entendido como “aperto”, “aflição”. É como um estado de alerta, cercado de muita expectativa. Portanto, quando em excesso, pode causar danos sociais e de saúde.

 Estar ansioso, como nas situações citadas, pode ser comum e compreensível. Porém, ser ansioso é completamente diferente. Significa se encontrar nesse estado de “estar pronto” a todo o momento, o que pode ser muito exaustivo. Muitas das preocupações que geram essa ansiedade podem gastar uma energia desnecessária da pessoa, que precisa aprender a manejar esses sentimentos.

No contexto profissional, estar alerta pode ser muito benéfico à carreira. Essa ansiedade pode, assim, ser canalizada para lidar com novos desafios e se antecipar a problemas, por exemplo. O acesso crescente a novas informações e a rapidez com que elas chegam até nós, potencializados pelo dinamismo da nossa vida digitalizada, ajudaram a catapultar um estado constante de ansiedade.

Essa sensação perene de “dever” algo sempre traz um cansaço coletivo. Sempre estamos atrasados nas leituras, nos filmes, nas notícias que deixamos passar, na exposição que não pudemos visitar etc. Já nas redes sociais, estamos mais preocupados em saber o que acontece na vida alheia e perdemos esse tempo que poderia ser usado melhor em nossas próprias vidas.

O perigo do exagero também acontece com aqueles que tomam remédios por conta própria em uma tentativa desesperada de aplacar a ansiedade. Nem sempre os remédios são necessários e devem sempre ser receitados por um profissional. Alguns sintomas como dor de cabeça, tensão, falta de energia, dificuldade para dormir e irritabilidade podem ser resolvidos com um pouco de organização da agenda profissional e um tempo reservado para meditar, ler ou manter um hobby. É importante cuidar de si mesmo e de sua mente para manter a saúde e a positividade.

 

Leo Fraiman é psicoterapeuta, mestre pela USP, escritor e palestrante.

Colaboração: Laura Stoppa, jornalista.

Fale com o autor: leo@fraiman.com.br

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