Apatia marca clima antes de importantes eleições nos Estados Unidos
No Brasil, na reta final, é claro que o Brasil está eletrizado com as eleições chegando em 2006.
Já nos Estados Unidos, que terão eleições muito importantes no início de novembro, o clima é de apatia.
Nas eleições de 4 de novembro, estará em jogo o destino do Congresso. Os republicanos seguramente vão manter o controle da Câmara e têm boas chances de tomar o Senado.
Pesquisa do Pew Research Center (eu confio nessa) salienta que apenas 15% dos americanos estão acompanhando com atenção a campanha para as eleições de novembro. Muito mais interesse existe com as andanças do vírus Ebola e as barbaridades terroristas do Estado Islâmico.
O dado mais preocupante para os democratas do presidente Barack Obama, que está com a taxa de aprovação lá embaixo, é a espetacular apatia dos jovens (base de sustentação da onda Obama). Apenas 5% estão ligados na eleição de novembro. Dias atrás, havia mais interesse entre os jovens americanos nas manifestações pró-democracia em Hong Kong, impulsionadas por estudantes. E como é de se esperar, os eleitores mais velhos (mais alinhados com os republicanos) estão mais antenados na votação de novembro.
Em geral, o interesse e o comparecimento às urnas caem nas chamadas eleições de meio de mandato (quando a Casa Branca não está em jogo). A mobilização é maior entre as bases republicanas e democratas, o que permite o espetáculo do discurso mais radical e este ano se revela intensa a batalha entre mensagens populistas (ao contrário de outros ciclos eleitorais, isto também está mais acentuado na esquerda, ou seja, entre os democratas, e não apenas no já venerável Tea Party, a ala mais radical do Partido Republicano).
Sem dúvida, depois das eleições brasileiras, falarei mais do pleito americano. Vamos ver se este ainda vai estar tomado pela apatia.
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