Apesar dos erros, institutos de pesquisa continuam sendo as principais referências

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2014 19h48

Nêumanne, que resultados negativos obterão em seus negócios os institutos de pesquisa que não conseguiram dar um retrato preciso?

Eu peço licença para por minha colher de pau numa discussão que levou todos os programas durante e depois da votação, e também na segunda-feira posterior do dia da eleição a respeito dos institutos de pesquisa.

Os institutos de pesquisas venderam durante a campanha a falsa imagem de que Paulo Solto ganharia fácil a eleição na Bahia, Rui Costa ganhou no 1° turno. Os institutos de pesquisa venderam a idéia de que Suplicy perseguia o Serra de perto, o Serra teve o dobro dos votos do Suplicy. Mas, sobretudo, os institutos de pesquisa passaram a campanha inteira prevendo uma vitória em 1° turno de Ana Amélia Lemos, depois uma disputa com Tarso Genro e no fim a disputa em 2° turno vai ser do candidato do PMDB, José Ivo, e do candidato do PT, o governador Tarso Genro, sendo que o candidato do PMTB teve muito mais votos do que foi previsto pelos institutos e mais votos do que o Tarso Genro obteve.

A grande questão é que isso não significa nada. Começou agora o 2° turno e eu aposto, como todos nós, os partidos, as emissoras de televisão, as emissoras de rádio e os jornais estamos voltados realmente pra saber o que os institutos de pesquisa têm a dizer sobre o desempenho dos candidatos que passaram para o 2° turno. Ou seja, por mais que errem, por mais que esse erro possa produzir decisões erradas e, sobretudo, análises equivocadas ao longo da campanha, os institutos de pesquisa continuam sendo os principais caudatários daquela vontade que todo ser humano tem de saber o que vai acontecer.

De certa forma, é o mesmo motivo que nos leva pra cartomantes. Pois é, pode ser uma coisa meio depreciativa o que eu to falando dos institutos de pesquisa, mas a verdade é que mesmo assim eles estão ganhando um bom dinheiro, continuarão apostando na nossa necessidade de prever o futuro, o que é impossível.

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