Após pânico com saída de Renan, governo confia em aprovação de PEC
A primeira reação do governo com a saída de Renan Calheiros da presidente do Senado foi de pânico.
O petista Jorge Viana (PT), novo comandante da casa, poderia prejudicar a votação da PEC do teto, já aprovada na Câmara e no primeiro turno no Senado.
O sempre diligente Romero Jucá, porém, veio a público para dizer que a pauta já está feita, o prazo já está contando e haveria pouco que o novo presidente do Senado poderia fazer para evitar a votação em segundo turno da proposta.
Viana precisaria de um requerimento para adiar a votação, o que passaria pelo resto da mesa diretora e pela maioria dos líderes. E a oposição não tem nenhum dos dois.
Num primeiro momento ninguém teme que esteja ameaçada a PEC do teto.
Apesar disso, haverá movimentos para tentar reverter a decisão.
Duas tentativas
Renan Calheiros terá duas chances para tentar voltar à Presidência do Senado.
(Agência Brasília)
Renan deve entrar com um pedido para que seja cassada a liminar, antes mesmo da reunião do pleno. Os defensores do peemedebista querem que a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, revogue a liminar, que consideram intempestiva.
Não é do estilo de Cármen, porém, decidir prontamente e ,no mérito, a ministra não parece concordar com a tese de Renan.
Os magistrados lembraram outros casos em que Marco Aurélio já concedeu liminares com grande repercussão midiática. Por exemplo, ele deu liminar impedindo que o pai levasse o menino Sean para os EUA. O então presidente do Supremo, Gilmar Mendes, cassou a liminar à época.
No plenário, é difícil que a liminar seja revogada também. Seis ministros já se manifestaram no mérito, favoráveis à tese de que um réu não pode ocupar a linha sucessória da Presidência.
Renan preenche a equação.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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