Após pânico com saída de Renan, governo confia em aprovação de PEC

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2016 10h26
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Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente Michel Temer na cerimônia de posse da nova presidente do STF, ministra Cármen Lúcia (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Renan Calheiros e Michel Temer - ABR

A primeira reação do governo com a saída de Renan Calheiros da presidente do Senado foi de pânico.

O petista Jorge Viana (PT), novo comandante da casa, poderia prejudicar a votação da PEC do teto, já aprovada na Câmara e no primeiro turno no Senado.

O sempre diligente Romero Jucá, porém, veio a público para dizer que a pauta já está feita, o prazo já está contando e haveria pouco que o novo presidente do Senado poderia fazer para evitar a votação em segundo turno da proposta.

Viana precisaria de um requerimento para adiar a votação, o que passaria pelo resto da mesa diretora e pela maioria dos líderes. E a oposição não tem nenhum dos dois.

Num primeiro momento ninguém teme que esteja ameaçada a PEC do teto.

Apesar disso, haverá movimentos para tentar reverter a decisão.

Duas tentativas

Renan Calheiros terá duas chances para tentar voltar à Presidência do Senado.

(Agência Brasília)

Renan deve entrar com um pedido para que seja cassada a liminar, antes mesmo da reunião do pleno. Os defensores do peemedebista querem que a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, revogue a liminar, que consideram intempestiva.

Não é do estilo de Cármen, porém, decidir prontamente e ,no mérito, a ministra não parece concordar com a tese de Renan.

Os magistrados lembraram outros casos em que Marco Aurélio já concedeu liminares com grande repercussão midiática. Por exemplo, ele deu liminar impedindo que o pai levasse o menino Sean para os EUA. O então presidente do Supremo, Gilmar Mendes, cassou a liminar à época.

No plenário, é difícil que a liminar seja revogada também. Seis ministros já se manifestaram no mérito, favoráveis à tese de que um réu não pode ocupar a linha sucessória da Presidência.

Renan preenche a equação.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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