Até quando Brasil ficará calado com o que ocorre na Venezuela?

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2015 19h45

Mulher protesta contra a prisão de um dos líderes opositores ao governo de Nicolás Maduro EFE Antonio Ledezma venezuela preso

Pergunta: Quem é que está se comportando como estadista no Brasil, em relação a crise da democracia na Venezuela, que ficou ainda mais grave depois que Leopoldo Lopes foi agredido na prisão, e o prefeito de Caracas, Ledezma, preso, arrancado por esbirros de Nicolás Maduro, de seu gabinete, na prefeitura da capital venezuelana?

Resposta: Opositores venezuelanos compareceram na frente da Organização dos Estados Americanos, nesta segunda feira, para convocar uma reunião para discutir a gravidade da situação dos direitos humanos na Venezuela, após a prisão de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas, arrancado de seu gabinete por esbirros do ditador Nicolás Maduro, sucessor, substituto de Hugo Chaves.

E, dentro deste mesmo clima, no Brasil, a oposição se tem manifestado, mas, na área oficial, quem se comporta como estadista é o presidente da câmara, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro.

Apesar de ser provinciano, de ser, digamos, limitado, de ser fisiológico, ele disse, falando como um democrata: “quero deixar meu protesto pelas prisões absurdas do regime da Venezuela, tentando calar a sua oposição.”. Até quando o Brasil ficará calado, sem reagir a isso? Não dá para os países democratas assistirem isso de braços cruzados, como se fosse normal prender oposicionista, ainda mais detentor de mandato.

Não é normal – Eduardo Cunha está certo – prender a oposição, mas Dilma, a ela que o Cunha se refere, deu uma declaração absurda a respeito do mesmo assunto. “O governo brasileiro”, disse ela, “acompanha, com grande preocupação, a evolução da situação na Venezuela.

E insta todos os autores envolvidos a trabalhar pela paz e pela manutenção da democracia. O Brasil reitera seu compromisso em contribuir, sempre que solicitado, para retomada do diálogo político amplo e construtivo na Venezuela.

Nesse sentido, saúda o anúncio do Secretário-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sobre a preparação de visita à Venezuela da Comissão de Chanceleres da Unasul formada pelos Ministros de Relações Exteriores de Brasil, Colômbia e Equador.

Ruim é falar como estadista. A Dilma repete o discurso absurdo que ela fez, propondo diálogo com os terroristas do Estado Islâmico, que ela, de repente, abandonou.

Agora, eu quero que ela explique ao Brasil, como um político oposicionista, preso por ser oposicionista, dialoga com o governo que o prendeu e o agrediu, e que tipo de reação o governo venezuelano terá à essa comissão da Unasul, criada por inspiração de Chaves. Pelo amor de Deus, ouve o Cunha, Dilma!

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