Bancada do Jornal da Manhã diverge sobre prisão após condenação em segunda instância

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2018 07h48
Fellipe Sampaio/SCO/STF Fellipe Sampaio/SCO/STF A decisão do plenário pode significar a prisão do ex-presidente, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelo caso do tríplex no Guarujá

Pressionados de todos os lados, ministros do Supremo Tribunal Federal julgam nesta quarta-feira (04) o pedido de habeas corpus preventivo de Lula.

A decisão do plenário pode significar a prisão do ex-presidente, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelo caso do tríplex no Guarujá.

Na véspera do julgamento no STF, manifestantes tomam as ruas em todo o país em atos contra e a favor da prisão de Lula. Os protestos ocorreram em 23 Estados e no Distrito Federal, a maioria contrários à concessão do habeas corpus.

Reação da PGR

Procuradora-geral da República envia manifestação a juízes do Supremo defendendo a prisão após condenação em segunda instância.

Raquel Dodge disse que revisão da medida em vigor desde 2016 põe em xeque a seriedade do sistema jurídico.

Confira os comentários completos da bancada do Jornal da Manhã:

“O Supremo vai decidir mais que o pedido de HC de Lula. O Brasil vai saber se o ex-presidente é inimputável também. O povo mostrou o que pensa deste julgamento, mais um motivo para Gilmar Mendes votar pela inimputabilidade de Lula, por sua soltura. Sobre a Raquel Dodge, até agora, ela tem sido impecável”, diz Augusto Nunes.

“Sobre Gilmar Mendes, ele é um hipócrita. Ele é um cara mau. Segundo, ele disse que ‘mancha a imagem do Brasil’ a condenação do Lula e não os crimes que o petista cometeu. Ele é hipócrita. Ele não quer a prisão do Lula porque depois vem toda a elite corrupta. O Brasil começou a dar a resposta e vencerá”, diz Marco Antonio Villa.

“O Brasil vive estupor. A lei é o texto escrito de algo que foi escrito em razão do fato social e dos valores daquele momento. Quando os valores se alteram, a norma muda. A decisão do STF que antes não era essa, mas hoje é e amanhã pode não ser, muda a toda hora. Podem vir outros ministros que pensem de forma diversa do que os que estão hoje na Corte. Não há razão para estupor social. A sociedade caminha, as instituições funcionam e vamos seguir dentro de um Estado Democrático de Direito. Eu também quero todos os ladrões dentro da cadeia, mas dentro da lei”, diz Joseval Peixoto.

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