Banco Central divulga balanço da poupança para o mês de junho
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (7) o balanço da poupança, o investimento mais tradicional que nós temos no Brasil, que continua tendo o volume de depósito superior aos saques. O balanço divulgado hoje é referente ao mês de junho.
A diferença entre os depósitos e saques diminuiu bastante na comparação com junho do ano passado. A diferença chegou a 66%, que significa um volume menor de ingresso de recursos na poupança.
Isso pode ser explicado, em partes, pelas dificuldades financeiras que o brasileiro vem enfrentando. Dificuldade para pagar outras dívidas, que estão ficando mais caras, com juros mais altos, a inflação “comendo” renda, reduzindo a capacidade também de investimento e não só de consumo.
Por outro lado, comparando com outras aplicações, a caderneta de poupança vem perdendo terreno. Os juros que pesam mais, no caso das dívidas, garantem uma rentabilidade maior de outras aplicações. Hoje, um fundo DI, por exemplo, que acompanha a evolução dos juros, se tiver uma taxa de administração baixa, na faixa de 1%, ele ganha da caderneta de poupança. O investidor tem que pensar no prazo que vai deixar o dinheiro aplicado, porque a poupança não tem tributos, já nas outras aplicações, se o dinheiro ficar em um prazo muito curto, paga uma tributação pesada. Até seis meses, por exemplo, paga a alíquota máxima: 22,5%.
De qualquer modo, o investidor deve prestar mais atenção nessa relação de ganho que pode ter entre uma aplicação e outra. Os juros do Brasil estão muito elevados, nós temos uma tributação pesada sobre as várias aplicações, alguns fundos abusam na questão de taxa de administração, mas escolhendo bem, dá pra segurar um ganho superior da caderneta de poupança.
Além disso, outras opções de investimentos também isentas estão atraindo um volume maior de investidores, principalmente os que têm mais para investir, como o caso das Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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