Brasil deveria ter inveja da Argentina

  • Por Jovem Pan
  • 05/12/2015 14h54
Brasília - DF, 04/12/2015. Presidenta Dilma Rousseff recebe Maurício Macri, Presidente eleito da República Argentina. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR Roberto Stuckert Filho/PR Dilma recebe o presidente eleito da Argentina Mauricio Macri

A situação do Brasil é gravíssima, todos nós sabemos. E a minha situação particular é grave quando a minha autoestima de brasileiro está tão baixa que acordo me perguntando: de qual país o Brasil deve ter mais inveja?

Neste exercício de frustração, eu não vou fantasiar demais e pensar alto, em alguma Noruega da vida. Na inveja, devemos pensar relativamente baixo, no nosso patamar.

Assim, me parece óbvio que de cara devemos invejar a Argentina, que em breve será governada por Maurício Macri. O presidente eleito tomará posse na próxima quinta-feira e sem dúvida eleva a autoestima dos argentinos e sabemos que os hermanos são conhecidos pelo ego.

Macri é uma promessa de renovação, ele antecipa um norte na América do Sul sem rumo, chafurdando no mar de lama com poucas exceções.

Macri almeja tirar a Argentina de sua decadência, de sua promiscuidade e da demagogia populista da escola Kirchner. Macri quer abrir a economia e fechar a relação vexaminosa do seu país com o chavismo. Macri olha para os vibrantes países da Aliança do Pacífico, México, Colômbia, Peru e Chile, sem é claro simplesmente relegar o vizinho brasileiro.

O essencial é que ele projeta um novo tipo de liderança na América Latina, E como precisamos, que inveja.

E, imagine, tenho inveja até da Índia, país pobre e complicado, com vizinhos da pesada, como o Paquistão com suas armas nucleares. No entanto, estão aí os números da economia do emergente asiático, Entre as economias globais, tem o crescimento mais vigoroso, 7,4 por cento no terceiro trimestre. Os juros? 6,75 por cento.

Em parte, a India é um país de sorte. É altamente dependente das importações de petróleo e os preços caíram bastante desde o ano passado.

No entanto, são também escolhas deliberadas por reforma e renovação, como na eleição em 2014 de Narendra Modi para governar o país, no mesmo 2014 em que o Brasil renovou Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

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