Brasil: a pátria da impunidade
O ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada
O ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz ZeladaQual novidade que traz às investigações da Operação Lava Jato, a prisão do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada, nesta quarta-feira?
Essa quarta-feira é importante nas investigações da Operação Lava Jato. Os jornais deram com muito pouco destaque o acontecimento do dia anterior, quando Cerveró pediu delação premiada, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, que a Dilma, quando era presidente do conselho da empresa, acusou de ter feito um relatório incompleto e que a levou a autorizar a compra importante e onerosa para a empresa da refinaria em Pasadena, nos EUA.
Pois é, o substituto do Cerveró na diretoria internacional da Petrobras foi Jorge Zelada que, nesta quarta-feira, foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O procurador Carlos Fernando Santos Lima disse que as investigações chegaram a valores e indicativos fortes de que havia problema na área de sonda da Petrobras, e a movimentação de recursos posterior, no exterior, depois que a Operação Lava Jato já estava funcionando, com remessas bancárias da Suíça, para Mônaco e para a China, indicam a continuidade do crime de lavagem de dinheiro, que motivou a prisão de Zelada.
A delação premiada de Cerveró vai ser interessante, por que ele terá a oportunidade de esclarecer, de forma definitiva, essa questão da informação insuficiente que ele teria prestado e que levou o conselho, presidido por Dilma, a aprovar a compra de Pasadena. Mais uma vez Dilma comparece nas investigações.
Quanto ao Zelada, ela mostra o cinismo dessa gente, que continuou fazendo transferência de valores, mesmo sabendo que, estando sob suspeita, esses valores estavam sendo acompanhados pela justiça.
Tira dinheiro da Suíça, manda pra Mônaco, manda pra China. Milhões de dólares, e quer ficar impune. Realmente, é uma demonstração de que, apesar da Operação Lava Jato, o Brasil continua sendo a pátria da impunidade.
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