Brasil pergunta ao presidente da Petrobras: “e o Pizzolato?”
Pergunta: O que tem a ver a Petrobras completamente depalperada com o julgamento de Pizzolato pela justiça Italiana em Roma?
Resposta: Depois que eu li a notícia de que o Governo Brasileiro informou que, apesar de realmente a situação ser muito grave nos presídios brasileiros, há presídios para abrigar o Pizzolato e que isso foi usado pelo o Ministério Público para seu recurso, que está sendo julgado nesta quinta feira, pela justiça italiana, em Roma; ou seja, um recurso do governo brasileiro para que ele seja extraditado, volte ao Brasil, para cumprir pena por que foi condenado por corrupção e formação de quadrilha.
Eu li o artigo do meu amigo, “Chove só na Petrobrás”, meu amigo Flávio Tavares, o artigo publicado na página 2 do Estadão, por coincidência do lado do meu artigo intitulado “O governo mente, a oposição cala”.
Lá pelo meio do artigo, o Flávio escreveu o seguinte: a presidente chama o Ademir Bendini, o presidente da Petrobrás, de “Bendi”. Talvez apenas uma apócope, não uma intimidade, mas que revela confiança. Ele dirigiu a área de cartões do banco na mesma época em que outro diretor, Henrique Pizzolato, terminava de se envolver com o desvio de entre 40 milhões e 70 milhões de reais do fundo “visanet”, para atender aos subornos do mensalão. Por isso Pizzolato foi condenado à prisão pelo Supremo e, também por isso, fugiu para a Itália.
Alguma vez, porém, ouvimos alguma explicação ou sequer menção de Bendi sobre os multimilionários desvios do banco que ele presidia? Bom, eu termino esta ação do Flávio, sem querer me excluir, mas lembrando que eu fiz essa cobrança durante muito tempo, aqui.
A diretoria do Banco do Brasil, os funcionários do Banco do Brasil, o sindicato dos funcionários do Banco do Brasil. Ninguém deu uma palavra sobre o fato de que o Seu Pizzolato roubou uma instituição que tem duzentos anos e que é a mais tradicional estatal brasileira. A Petrobrás não pega nem letra, a Petrobrás foi criada pelo Getúlio em 53.
O Banco do Brasil por Dom João VI. Dom João VI, no século XIX. Pelo amor de Deus! Então esse cara, que não deu uma resposta; aliás ele também não deu nenhuma resposta ao Paulo Renato Soares, repórter da Globo, no Jornal Nacional desta terça feira, numa entrevista ridícula, “rastaquera”, da qual o entrevistador também fez parte por que ele não fez essa pergunta: “e o Pizzolato?”.
Esta é a pergunta que o Brasil faz ao novo presidente da Petrobrás: “e o Pizzolato?”
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