Bruninho crescerá em um mundo deformado
Peço licença ao ouvinte para iniciar o comentário com uma citação:
“Agora o Bruno anda falando em lutar pela guarda do filho, este filho que ele tentou matar na barriga da mãe, dando abortivos para a Eliza durante a gravidez. Estou apreensiva, mas tenho a guarda definitiva do Bruninho e não vou perder esse direito de jeito nenhum”.
Li trecho do depoimento de Sônia Moura ao repórter Leslie leitão, publicado na edição de Veja desta semana. É absolutamente fundamental lê-lo, ouvinte. Se você tem família, leia. Se você cultiva o valor da família, leia. Se é pai, se é mãe, leia. Se tem amor por alguém, leia.
Sônia é mãe de Eliza Samudio, a jovem assassinada a mando do ex-goleiro Bruno, o psicopata posto em liberdade por liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.
Desde a bárbara morte da filha, Sônia cria o neto Bruninho, filho de Bruno, menino, hoje com sete anos, que ela tenta ainda proteger da realidade. A criança não sabe que o pai, cuja identidade desconhece, mandou matar a mãe. Um dia descobrirá. Descobrirá também que vive num mundo deformado, em que pessoas se fotografam – fazem selfie – com um assassino como se fosse uma celebridade.
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