Cabe a Fachin relatar as investigações sobre Renan Calheiros

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2015 21h37
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Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para substituir o ministro Joaquim Barbosa no STF, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Luiz Fachin é sabatinado no senado

Pergunta: O que você acha dessas novidades no Supremo, que dizem respeito à Operação Lava Jato?

Resposta: A padroeira da história é muito irônica e às vezes exagera na ironia. Pois não é que vai caber a Luiz Edson Fachin, que acabou de ser aprovado no Senado, relatar as investigações sobre Renan Calheiros, presidente do Senado e principal adversário dela.

Enquanto liderados pelo senador Álvaro Dias do Paraná, os tucanos sufragaram o nome de Fachin, na prática tirando Dilma Rousseff das profundezas do pré sal no prestígio político, o presidente do Senado fez questão de deixar claro para todo mundo que ia derrotar a Dilma na votação.

Na votação, ele levou uma surra de 20 a 7 na CCJ e de 52 a 27 no plenário do Senado, e agora vai ficar na mão do homem. Enquanto isso, Dias Tófoli pediu para mudar de turma para ficar no julgamento da Lava Jato e vai presidir, assim que o Teori Zavascki se afastar, em nome do STF, os atos da PF-PR, do MP-PR e, sobretudo, do juíz Sérgio Moro. Os dois terão excelente oportunidade de mostrar que eles não pediram suspensão por que agiram de forma insuspeita.

Por enquanto, Tófoli não tem honrado muito essa minha esperança não. Mas, quem sabe, o Fachin que já mudou de opinião sobre tudo, chegue a conclusão que ele tem dezoito anos ganhando mais do que a Presidente da República e com direito a se aposentar ganhando mais do que a presidente, ele acha que tem autonomia para não ser, necessariamente, vassalo de quem o nomeou.

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