Calheiros e Cunha deveriam ser afastados até que se prove sua inocência; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2015 21h29
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Renan Calheiros e Eduardo Cunha Montagem com Pedro Ladeira/Folhapress e Antonio Cruz/Agência Brasil Renan Calheiros e Eduardo Cunha

Pergunta: Por que a nação é obrigada a aceitar a ação solerte de investigados que têm poder no Congresso, tentando intimidar os investigadores, o que acontece, principalmente com Renan Calheiros, presidente do Senado, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

Resposta: O presidente do Senado, Renan Calheiros, já devolveu uma medida provisória, por que está certo que o governo não se esforçou como devia para tirá-lo da lista que Janot mandou ao Supremo e que abriu as investigações do Lava Jato, com autorização do ministro Teori Zavascki.

Depois ele ameaçou o MP com uma CPI sobre o MP, acusando-o de ter feito uma relação seletiva. Desistiu da CPI, mas hoje, fala-se sobre a ressurreição da PEC 37, de 2011.. É uma proposta de emenda constitucional, que tira poder do Ministério Público e passa para a Polícia.

Ou seja, é presente de grego. A Polícia Federal continua tendo o poder que está tendo agora. Talvez por isso tenham desistido. Está rolando, a partir de fofocas plantadas por Renan, uma ameaça de que o Senado, o PMDB no Senado e em geral, vai trabalhar para que Janot não seja reconduzido ao Ministério Público.

Agora eu pergunto uma coisa: “numa investigação penal qualquer, o juíz manda prender o investigado quando ele oferece qualquer tipo de risco à documentação, às provas e às testemunhas.”. O que acontece quando o investigado ameaça usar um poder que é enorme contra os investigadores?

O que é o caso clássico do que está acontecendo no Congresso, agora, por causa da Operação Lava Jato. Renan Calheiros, presidente do Senado, está ameaçando explicitamente o Ministério Público, com apoio de colegas investigados como o patético Fernando Collor, o rídiculo Humberto Costa e tantos outros.

Eu queria saber se esses cidadãos, tanto o Renan quanto o Eduardo Cunha, não tinham que ser afastados temporariamente, até que se prove sua inocência, dos cargos mais importantes da República.

Eduardo Cunha é o segundo na linha de sucessão do presidente, Renan é o primeiro. O que está acontecendo lá foi muito bem definido no Twitter do promotor Lavagnoli, que cita o cientista social da USP que diz: “é o ladrão que quer dizer se pode ou não investigar suas safadezas políticas.”. No Brasil, em resumo, o cocô quer enterrar o gato na areia. Que tal?

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