Candidata quer partir para pancadaria; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2014 12h36
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Reinaldo, você assistiu à volta do horário eleitoral ontem à noite? O que achou?

Assisti sim. O primeiro programa a ir ao ar foi o do PT. Dilma deixou claro que quer mesmo partir para a pancadaria. Para ela, não se trata de uma disputa eleitoral, mas de um confronto entre “dois modelos de país”. Um deles seria, segundo diz, de FHC, que Aécio representaria e que teria “quebrado o Brasil três vezes” ― o que é uma mentira histórica, mas e daí?

Dilma voltou a fazer outra acusação falsa. Disse que o governo tucano “privatizou patrimônio público a preço de banana”. Também é mentira. A menos que as bananas valessem seu peso em ouro. Um ano depois, as ações da Telebras que foram vendidas  valiam em Bolsa menos do que o governo havia arrecadado com a venda. E Dilma foi adiante na mistificação e afirmou que o PT chegou ao poder com 50 milhões de brasileiros “na indigência”. É mentira também.

Aliás, o partido faz uma baita confusão com o que seja miséria, pobreza, fome etc. Misturou tudo. “Fome” como um problema de massas já não havia no país quando Lula chegou ao poder, em 2003.

A propaganda investiu pesado no arranca-rabo de classes e fez uma indignidade com FHC. Numa entrevista, o ex-presidente comentou que a desinformação levava, sim, muita gente a votar em Dilma. Em que contexto? Os petistas espalham a mentira de que, se algum outro presidente se eleger, acaba o Bolsa Família. E, é evidente, só acredita nisso quem está desinformado. No horário do PT, a entrevista do ex-presidente foi transformada numa manifestação de suposto preconceito contra os pobres.

Ironia: no dia em que vieram a público as revelações de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef sobre como funcionava o esquema corrupto na Petrobras, inclusive durante o processo eleitoral que fez Dilma presidente, ela prometeu, se reeleita, combater a corrupção.

 

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