Cardozo se encontra com Janot e reforça a natureza do jogo
José Eduardo Cardozo e Rodrigo Janot na Conferência Internacional de Combate a Corrupção
José Eduardo Cardozo e Rodrigo JanotReinaldo, quer dizer que hoje é dia de um acerto de contas?
É sim. No domingo, isto mesmo, no domingo, conclui uma apuração que havia iniciado na terça-feira da semana anterior e o que eu afirmava lá no meu blog e disse aqui na segunda-feira, prestem atenção, vou abrir aspas:
“Como já resta mais do que evidente, José Eduardo Cardozo, um dos três porquinhos de Dilma, andou transitando e transita ainda, freneticamente, nos corredores para impedir novas delações premiadas dos empreiteiros. Um dos interlocutores frequentes de Cardozo, diga-se, tem sido justamente Janot. Sim, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, e isso não é bom. É evidente que um procurador geral deve manter relações institucionais com o ministro da Justiça e só. Em dias como os que vivemos, conversas cordiais entre quem investiga e porta-vozes informais de investigados não parecem constituir atitude muito prudente.”
Atenção, ouvintes, eu afirmei ainda mais naquele texto e também aqui no Jornal da Manhã. Disse: “O Brasil está de olho em Rodrigo Janot, procurador-geral da República, e espera-se que ele esteja de olho no Brasil, mais preocupado em dar a resposta necessária a impressionante sucessão aos escalabros da Petrobras do que, digamos, administrar a denúncia para amenizar a crise política”.
Pois bem, nesta quinta, informava a Folha de S. Paulo: “Janot se reúne com Cardozo às vésperas de anunciar políticos aos STF”. E se lê lá no texto da Folha: “O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o procurador-geral da República Rodrigo Janot se reuniram na noite desta quarta-feira, no gabinete do procurador-geral da República. O encontro não constou da agenda de nenhuma das autoridades. A reunião aconteceu às vésperas da apresentação para o Janot da denúncia ao STF”.
Quem acompanha meu blog, o Jornal da Manhã ou o programa Os Pingos nos Is ficou sabendo antes destas conversinhas. Atenção, ouvintes, estão tentando assar uma pizza gigantesca. Eu ainda farei hoje um outro comentários deixando isso claro.
O Ministério Público, à propósito, vai ou não fazer o acordo de delação premiada com o empresário Rircardo Pessoa? Ele tem como evidenciar que doou R$ 30 milhões clandestinamente ao PT. R$ 10 milhõe dos quais para a campanha de Dilma Rousseff. Janot está ou não interessado no que ele tem a dizer? Até quando a prisão preventiva de Pessoa e dos demais empreiteiros será usada como instrumento de pressão para esconder a verdadeira natureza do jogo e para provar uma tese que livra a cara dos petistas?
Eu estou pouco me importando se gostam ou não do que escrevo, se gostam ou não dos comentários que façam, eu opino sobre os fatos que apuro.
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