Chavismo consolida ditadura com golpe de Estado na Venezuela
O chavismo choca, mas não surpreende com suas ações. Com razão, a oposição da Venezuela acusou na quinta-feira o presidente Nicolás Maduro de empreender um golpe de estado.
Não há outra forma para definir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, um mero acessório do regime, de remover as atribuições da Assembleia Nacional, que tem maioria da oposição. A sentença 156 consolida a ditadura chavista.
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O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, implorou que o mundo ajude a oposição a dizer com todas as letras: Maduro deu um golpe de estado.
E com todas as letras, Julio Borges disse que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça é lixo. O anúncio nada higiênico foi feito na quarta-feira à noite. Imagine, o Judiciário assumiu funções do Legislativo para garantir o estado de direito, alegando que houve desacato de várias de suas sentenças.
Já esta semana, o Supremo removeu a imunidade parlamentar e conferiu atribuições especiais ao presidente Maduro em matérias penais, econômicas, políticas e militares. Na sua arenga, Maduro disse que a sentença é histórica, pois ele estará habilitado para defender as instituições e a paz, além de rechaçar as ameaças de agressão e intervencionismo externos.
O chavismo é uma fera acuada e este novo golpe é uma reação ao empenho da OEA para ativar a Carta Democrática, ou seja, suspender a Venezuela pelo desrespeito à democracia, numa pressão com apoio da oposição na Assembleia Nacional.
E Maduro e seus capachos no Judiciário acusam os deputados da oposição de traidores da pátria. A oposição promete mobilizações de rua contra o chavismo, que parece disposto a ir às últimas consequências para destruir a pátria.
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