Com alguém chamado Donald Trump, as surpresas pipocam
Eu sou cauteloso sobre as pesquisas eleitorais americanas de junho. Afinal, as eleições serão apenas em novembro e com alguém chamado Donald Trump, as surpresas pipocam. Nesta semana de muita ansiedade devido ao atentado terrorista de Orlando, havia expectativa até de que Trump faturasse com a tragédia. Por ora, a surpresa é reversa.
O candidato republicano está apanhando nas pesquisas, levantando a questão se finalmente as barbaridades que ele diz e suas propostas hostis a muçulmanos e imigrantes estejam realmente desferindo um golpe fatal contra suas ambições.
Pesquisas mostram que o bilionário ficou significativamente para trás da rival democrata, Hillary Clinton. Primeiro foram as acusações contra um juiz devido à sua origem mexicana. Em seguida, as sugestões de que ele merecia parabéns por ter alertado sobre o perigo do terror islâmico.
Para culminar, o eterno e sinistro conspirador insinuou que o presidente Obama é simpático ao terror. O presidente americano não se conteve e foi furiosamente à carga contra Trump, embora não tivesse citado o seu nome.
Após isso tudo, estão aí os números: na pesquisa da TV ABC e do jornal The Washington Post, 70% dos norte-americanos têm uma visão negativa de Trump. Nunca foi tão alto o número nesta pesquisa. Já nos dados Bloomberg, Hillary Clinton tem uma vantagem de 12 pontos sobre Trump. Outras pesquisas também indicam uma diferença de 10 pontos entre os dois, algo simplesmente desastroso para os republicanos.
Pela pesquisa Bloomberg, 55% dos eleitores disseram ser fora de cogitação votar no megaempresario. “Never!“, nunca. Os números quantificam o grande temor de líderes republicanos: a capacidade de Trump de alienar amplos setores da sociedade americana. Parafraseando o próprio candidato, bem que os republicanos foram avisados.
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