Com críticas, ausências e choros, começam os Jogos

  • Por Caio Blinder - JP Nova Iorque
  • 06/08/2016 11h14
Brasil EFE Confira a abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em imagens

O Brasil amargou críticas, protestos e maldades na maratona de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. Agora que as competições estão em marcha, meu conselho é para que todos relaxem olimpicamente nas duas semanas e pouco de espetáculos esportivos.

Antes de seguir o meu próprio conselho, algumas observações. Em uma das boas maldades que vi por aí, se houvesse uma competição de cidade-sede de Jogos Olímpicos mais criticada, o Rio teria faturado medalha de ouro.

No entanto, Joe Leahy, o competente correspondente do Financial Times no Brasil, lembra a condição peculiar do Brasil: é a primeira democracia entre os países emergentes a sediar os jogos.

Ao contrário da China (Pequim em 2008) e Rússia (jogos de inverno em Sochi, em 2014), o Brasil não tinha como impor autocraticamente ordem nas preparações olímpicas nem abafar as críticas.

Mas existe o consolo, não que Deus não seja brasileiro, mas pelo mero fato de Olimpíada ser divina, coisa de Zeus. E lembram-se de 2014? Exceto pelo 7 a 1 “dos alemão”, a Copa até que foi um sucesso. Não aconteceu nenhuma das tragédias anunciadas. Vamos esperar o mesmo agora no Rio.

E, falando em Zeus, existe um consolo supremo, um prêmio ou medalha de consolação. O lulopetismo planejava sobrefaturar com esta olimpíada. Que maravilha a ausência de Lula e Dilma no palanque na hora do suposto triunfo.

Lula estava extasiado em Copenhague em 2009 quando o Rio ganhou a medalha de cidade-sede dos jogos. As competições olímpicas estão começando, mas elas não interrompem a contagem regressiva para o impeachment de Dilma e a prisão de Lula. O ex-presidente chorou de forma compulsiva em Copenhague quando o Rio foi selecionador para sediar a Olimpíada. Agora, não adianta chorar.

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