Os dribles do governo nas contas públicas e a bomba fiscal para 2027
Dinheiro para tantos gastos virá certamente de mais endividamento com a sociedade brasileira
O governo criou o arcabouço fiscal, uma regra convidativa ao aumento dos gastos públicos. Primeiro, porque vincula o aumento do gasto à elevação da arrecadação. Segundo, porque permite que os gastos subam invariavelmente pelo menos 0,6% acima da inflação.
Que a regra é frágil, não é nenhuma surpresa. A novidade agora é que o governo quer driblar a mesma regra que ele mesmo criou. Para 2026, pretende aumentar o gasto com pessoal bem acima dos 0,6% real permitido pelo novo arcabouço fiscal.
Lembrando que, para o ano que vem, já temos isenção de IR, Gás para Todos, crédito para reformas de casas, ampliação das faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida, subsídios fiscais e emendas parlamentares bilionárias. Resta saber de onde virá o dinheiro para financiar tudo isso. Certamente, de mais endividamento com a sociedade brasileira.
Enquanto isso, o governo empurra a bomba fiscal para 2027.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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