Delegada ligada às mulheres e economista da Tereza Cristina: os próximos secretários de Tarcísio
Adriana Liporoni, atual coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher e Geraldo Melo Filho, atualmente diretor-geral do Instituto Pensar Agropecuária vão integrar o governo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já tem alguns dos nomes de próximas mudanças no secretariado. Como adiantado pela coluna, a expectativa é de cerca de seis baixas. Até o fim dessa semana, a secretaria de Políticas para Mulheres, Valéria Bolsonaro, deixa a pasta. No lugar dela, será nomeada a delegada Adriana Liporoni, atual coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) no Estado de São Paulo. Além dela, já há a definição, também, do substituto do atual secretário de Agricultura, Guilherme Piai. No lugar dele, que deve deixar o cargo até o início de janeiro, Tarcísio escolheu Geraldo Melo Filho, atualmente diretor geral do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).
O nome da delegada Adriana é simbólico. Tarcísio deu preferência a alguém diretamente ligada à pauta de violência contra a mulher para passar um recado claro, especialmente após casos de crimes como o feminicídio ganharem espaço nos últimos tempos. Já Geraldo Melo Filho é alguém também já conhecido do governador: foi presidente do Incra Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) entre 2019 a 2022, na época indicado e empossado pela então Ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
A coluna apurou que os nomes de outros secretários também já estão sob mira do governador. Para o lugar do secretário de governo, Gilberto Kassab (PSD), que tem pretensões eleitorais para 2026 – o cargo do próprio governador, em caso de mudança no cenário, ou de vice – a escolha está próxima. Já com a secretária de Esportes Helena Reis, e do Turismo, Roberto de Lucena, Tarcísio ainda cogita e negocia nomes – e inclusive a permanência dos titulares no cargo.
As escolhas já estão sendo definidas com base no time que deve concorrer à reeleição no ano que vem. O objetivo é começar 2026 com o time pronto – por isso, as trocas serão feitas até, no máximo, o início de janeiro. Tarcísio quer evitar uma reforma grande e turbulenta próxima ao prazo de desincompatibilização, em abril, e priorizar escolhas de nomes técnicos e fortes. O chefe do Executivo paulista também quer que eles tenham tempo de adaptação à frente das pastas, justamente para que haja continuidade de gestão.
Nenhum secretário executivo deve assumir, com exceção do que já ocorreu com o delegado Nico, atual secretário de Segurança Pública, no lugar do deputado federal Guilherme Derrite (PP).
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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