Minhas vulnerabilidades no papel: como superei o medo de me expor e assumi a minha verdadeira paixão
Curiosamente, foi de mãos dadas com a minha bipolaridade que encontrei o caminho para fundir meus dois mundos, o divertido e o profundo
Eu não me lembro quando eu disse pela primeira vez que queria escrever um livro, mas sei que foi antes dos 12. Fiz o que pude para fugir desse sonho. Fui atendimento em agências de publicidade, professora de artes plásticas, sócia de uma produtora de som, locutora e designer de interiores. A razão? Honestamente, medo. Eu sempre escrevi. Alguns escritos eu dividia com meus amigos, outros guardava para mim. Não era raro alguém dizer: “Esse texto está hilário, você tem que escrever um livro”. Só que, além de engraçadinha, eu tinha um outro lado: o que entrava em depressão. Esses dois lados faziam parte de mim. E eu não sabia como conciliá-los.
Depois de algum tempo, minha depressão foi promovida a bipolaridade. Aí mesmo é que não ia rolar. Curiosamente, foi ela quem me trouxe até aqui. Foi de mãos dadas com a minha bipolaridade que encontrei o caminho para fundir meus dois mundos. E agora ela está aí, não só dentro do livro, como estampada na capa, junto com o meu lado divertido. Hoje vi meu livro exposto numa livraria. Esticando um pouco o pescoço, dá para ver da vitrine. Decidi comprar um para uma pessoa muito especial, que nunca deixou de acreditar em mim: a menina com menos de 12.
Convido vocês para o lançamento do meu livro “Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero”, no dia 7 de março, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513). Meu livro também está disponível nas livrarias e na Amazon.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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