Avanço do crime no agronegócio: Coronel Tadeu cobra rigor e rastreabilidade
Deputado enfatizou que a situação se agravou com a chegada do crime organizado a áreas como a Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, onde bancos e fundos de investimento são alvos
Em um cenário alarmante de crescimento do crime organizado em diversas esferas da economia, o deputado federal Coronel Tadeu alerta para a infiltração do crime organizado no setor do agronegócio e no mercado de bebidas, especialmente as destiladas. Durante uma entrevista, o parlamentar destacou a evolução das modalidades de crime no Brasil e a urgente necessidade de rastreamento e integração das instituições de segurança pública.
“Estamos vendo o crime organizado não só em São Paulo, mas se estendendo por todos os estados. É uma migração que traz à tona uma realidade preocupante”, afirmou Tadeu. Ele traçou um histórico das mudanças no modus operandi dos criminosos, que, segundo ele, foram desde assaltos a bancos nos anos 70 até o surgimento de golpes e crimes cibernéticos na atualidade. “O bandido busca facilidades e, com isso, o crime se transforma”, disse.
O deputado enfatizou que a situação se agravou com a chegada do crime organizado a áreas como a Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, onde bancos e fundos de investimento são alvos. Para ele, a resposta das instituições precisa ser coordenada. “Não basta apenas a ação policial. Todas as instituições devem agir de forma integrada. O crime organizado hoje está praticamente dando as cartas e impondo sua lógica”, declarou.
Tadeu pontuou a importância de uma política de segurança pública robusta, que direcione investimentos ao aparelhamento das instituições, começando pela Receita Federal. “Se o Coaf fosse dez vezes maior, conseguiríamos rastrear muito mais dinheiro e descobrir várias irregularidades”, argumentou. A preocupação com a segurança alimentar foi outro ponto levantado, com o deputado alertando que a contaminação de alimentos pelo crime organizado poderia levar a uma desmonetização significativa do Estado.
A falta de um sistema eficaz de vigilância, segundo Tadeu, é uma lacuna que precisa ser preenchida urgentemente. “A droga é rastreada, sabemos de onde vem e para onde vai. Por que não temos um sistema semelhante para outros setores?”, questionou. Ele defendeu a necessidade de um debate nas Casas Legislativas sobre como aumentar o poder de vigilância do Estado, especialmente no agronegócio.
“Precisamos de uma integração de dados entre as instituições. Não adianta apenas reuniões e cafés. É preciso ação efetiva”, concluiu. Para o deputado, a construção de um serviço policial eficiente, que una esforços da Receita Federal e outras entidades, é crucial para enfrentar o avanço do crime organizado de forma eficaz.
A mensagem é clara: sem uma estratégia robusta e investimentos direcionados, o Brasil poderá enfrentar consequências graves com a expansão do crime organizado, que ameaça não apenas a segurança pública, mas também a integridade do setor alimentício e da economia nacional.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.


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