Primeira coletiva de Trump já aguarda polêmicas de tabloides

Em participação ao vivo no Jornal da Manhã desta quarta-feira, o correspondente Jovem Pan em Nova York Caio Blinder avaliou o discurso de despedida de Barack Obama, mas alertou que o assunto em pauta nos EUA já é a expectativa para as primeiras manifestações do nono presidente, o sempre polêmico Donald Trump.
Obama vive um paradoxo de deixar o cargo com alto grau de aprovação, sendo que a população norte-americana tem a impressão de que o país foi para a direção errada durante seu mandato. Evitando que os Estados Unidos caíssem na grande depressão de 2008/2009, Obama foi um bom presidente, embora muitas vezes obstrucionista e advindo de expectativas messiânicas, relembra Blinder, Obama perdeu muito espaço político internamente, mas o comentarista lembra que é muito raro um presidente com dois mandatos emplacar um sucessor.
Mas o discurso de despedida nunca entra para a história, e sim o de posse. Os EUA já esqueceram o choro de Obama e o foco é a primeira entrevista de Trump, já imersa em polêmicas. Trump é acusado de um grande escândalo sexual na Rússia, sobre o qual haveria um dossiê, provavelmente falso. Ele que vociferou durante toda a campanha que Obama não seria americano, uma mentira, agora prova do próprio veneno. “Será uma era de muita baixaria e muita desinformação”, prevê Blinder sobre o mandato Trump.
Cargos
Passam por sabatina no Legislativo americano os ministros indicados por Trump. “É muito raro um ministro ser barrado no Senado – acontece de 20 a 25 anos, e os republicanos têm maioria”, recorda o correspondente.
Um senador muito conservador foi indicado. O posto de diretor da CIA, cujo novo chefe será sabatinado nesta terça, é um cargo muito explosivo. Trump também inventou um cargo de conselheiro não remunerado para o genro. E um ex-chefão da gigante petroleira Esso vai ser chefe de estado.
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