Entenda como a inteligência pode ser percebida de diferentes formas
Raciocínio, memória, capacidade de entender o mundo e expressão de sentimentos estão entre as características que definem o intelecto de uma pessoa
Hoje em dia, a inteligência é entendida como um conceito multidimensional. Ou seja, existem diferentes “tipos” de inteligência que podem se manifestar de diferentes formas. Você gosta de ler, mas é ruim em matemática? É bom em música, mas não sabe dançar? Adora computadores, mas tem dificuldades pra conversar? A inteligência, de um modo geral, é a nossa capacidade de entender o mundo, pensar racionalmente e enfrentar desafios com os recursos que cada um de nós temos. Nós temos uma inteligência fluida, que inclui o raciocínio e a memória, e uma inteligência cristalizada, o repertório de informações e habilidades que aprendemos com as experiências da vida.
Por uma outra perspectiva, também é possível diferenciar dois “tipos” de inteligência: a prática, quando usamos os nossos conhecimentos e habilidades, e a emocional, que diz respeito ao modo como lidamos com outras pessoas e como regulamos e expressamos nossos sentimentos. A idade também tem um grande impacto no desenvolvimento. Um estudo mostrou que nossa capacidade de processar informações atinge seu pico por volta dos 18 anos; a memória de curto prazo tem seu ponto máximo aos 25; a habilidade para reconhecer rostos é maior perto dos dos 30 anos; já a capacidade de avaliar as nossas emoções atinge seu pico entre os 40 e os 50. Apesar de alguns aprendizados parecerem mais fáceis quando somos mais jovens, novas células cerebrais continuam a se formar, mesmo na idade adulta, no hipocampo, a área do cérebro relacionada ao aprendizado de novas informações, memórias e gerenciamento de emoções.
Algumas pessoas perguntam: existe alguma forma de melhorar a inteligência? Na verdade, há várias:
- Treinar: exercitar habilidades é o jeito mais conhecido e eficaz de melhorar nossas capacidades de lidar com a vida e enfrentar desafios;
- Cuidar da alimentação, pois o funcionamento cerebral depende de hormônios derivados dos alimentos que comemos, e diferentes pesquisas associam certas dietas à capacidade cognitiva;
- Exercícios físicos, especialmente aeróbicos, podem aumentar a sua neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro mudar;
- Dormir bem: já falei algumas vezes que o sono tem impacto na saúde física e mental, e isso inclui a consolidação de memórias no cérebro.
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