Com Lula em vertigem, velha guarda do PT pressiona para voltar à Presidência
Crise que resultou na demissão do general Gonçalves Dias do comando do GSI e sua substituição por Ricardo Cappelli, número 2 de Flávio Dino, segue provocando irritação numa certa ala do PT que já esteve no núcleo do poder e deseja intensamente retornar
A crise que resultou na demissão do general Gonçalves Dias do comando do GSI e sua substituição por Ricardo Cappelli, número 2 de Flávio Dino, segue provocando irritação numa certa ala do PT que já esteve no núcleo do poder e deseja intensamente retornar. Esses integrantes atribuem o desgaste precipitado da popularidade Lula aos atuais conselheiros diretos do presidente, dentre eles a primeira-dama Janja e o atual chefe de gabinete da Presidência, Marco Aurélio Santana Ribeiro. Marcola, como é conhecido, se aproximou do petista ao levar livros e informações enquanto ele esteve preso na Polícia Federal em Curitiba.
Seus críticos internos o consideram um cumpridor de ordens, de perfil acadêmico, mas sem a envergadura que o cargo exige; e defendem o retorno de Gilberto Carvalho, hoje acomodado bem longe do Palácio do Planalto, numa secretaria do Ministério do Trabalho. “O Lula respeita e escuta o Gilberto, que sempre teve coragem para falar a verdade na cara do presidente. O atual só faz elogia, mesmo com Lula errando dia após dia”, afirma um interlocutor do ex-ministro.
Outros integrantes dessa mesma ala defendem uma reforma ministerial ainda mais ampla, com a troca dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do próprio GSI, comandando interinamente por Ricardo Cappelli, ligado a Flávio Dino. “Ninguém quer dizer isso ao presidente, mas a Janja quer manter a velha guarda petista longe do marido. Pelo que estamos assistindo, não está dando certo. Nada contra os colegas, mas o jogo da Presidência da República é para titular. Lula vai repetir Bolsonaro e acabar no colo do Centrão”, avalia um ex-assessor.
Um esboço de reforma entregue a Lula ontem sugere ainda a ida de Rui Costa para a Defesa, com José Múcio substituindo Alexandre Padilha na Articulação Política e Alexandre Padilha voltando para a Câmara e assumindo a liderança de governo, no lugar de José Guimarães. A Casa Civil ficaria com Edinho Silva ou Miriam Belchior.
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