Familiares das vítimas de queda de avião em SP tem que lidar com mentiras

Fake News espalhada nas redes mostra um vídeo com diversas imagens dizendo que advogado e piloto eram ligados ao PCC; entenda o caso

  • Por David de Tarso
  • 10/02/2025 18h04 - Atualizado em 10/02/2025 18h05
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RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Equipes realizam perícia na aeronave que caiu no bairro da Barra Funda, em SP Avião de pequeno porte caiu na Avenida Marques de São Vicente, zona oeste de São Paulo, na manhã de sexta- feira (7)

Com circulação pelo Tik Tok, Instagram e diferentes grupos de WhatsApp, a montagem com o objetivo de distorcer a verdade sobre o que foi encontrado nos destroços do avião de pequeno porte que caiu na última sexta-feira (7), na Avenida Marquês de São Vicente, importante via da Zona Oeste de São Paulo, diz que entre os pertences foram achados 50 quilos de ouro avaliados R$ 15 milhões, cartões de memória e outros objetos que teoricamente seriam levados da capital paulista para Porto Alegre-RS.

No fim do vídeo, a narração fala que a queda teria sido provocada e que o advogado Márcio Louzada Carpena, de 49 anos e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros, de 44 anos, poderiam ser ligados ao PCC. A Coluna acompanhou de perto os trabalhos da Perícia Criminal logo após o acidente direto do local e consultou algumas fontes para saber se algo que foi citado no vídeo, tinha sido achado de fato. Elas negaram, até porque, restaram poucas coisas intactas das vítimas.

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também negou que qualquer material de origem duvidosa tenha sido achado. O trabalho de investigação será realizado pela Polícia Civil e Cenipa, (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), mas com o objetivo de apontar o que provocou o acidente. Claro, se houvesse algo irregular, os laudos apontariam. Os enterros de ambas as vítimas foram durante o fim de semana e mesmo com parentes e amigos enlutados pela tragédia, ainda tem que lidar com a propagação de Fake News. Marcio Carpena vivia em Porto Alegre, era pai de três filhos, duas meninas e um menino.

Ele era advogado com atuação especializada na área contenciosa civil em Tribunais Regionais, Estaduais e Superiores, além dos Institutos de Mediação e Arbitragem. Possuía, ainda, experiência nas áreas de direito societário, contratual e operações estruturadas. Carpena também atuava como professor na Faculdade de Direito da PUC do Rio Grande do Sul, desde 2002, e na Escola da Magistratura (Ajuris).

Gustavo Carneiro Medeiros, tinha duas graduações na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS): Ciências Aeronáuticas, em 2002, e Administração de Empresas, em 2006. Ele era pai de um adolescente de 15 anos, e seria pai novamente já que a mulher está grávida de uma menina.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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