Com a evolução dos smartphones para os smartglasses, ainda vai sobrar espaço para os celulares antigos?
Única função que ainda usamos dos aparelhos obsoletos é a chamada de voz, cada vez menos utilizada; no entanto, há uma parcela da população que não se adaptou às novas tecnologias
A tecnologia dos telefones celulares vem crescendo cada vez mais no decorrer dos anos. Seja com novas ferramentas ou dispositivos mais potentes, ela está em constante evolução. Aparelhos marcaram a história com funções simples, mas hoje em dia não os usamos com tanta frequência. Afinal, o que ainda utilizamos das primeiras gerações dos celulares? Em 1983, foi lançado o primeiro aparelho conhecido, o “pai” dos celulares: o Motorola DynaTAC 8000x transformou a tecnologia de comunicação global com sua autonomia de 30 minutos de chamada para sete horas de recarga. Pesando 700 gramas, com 33 centímetros de comprimento, o aparelho deu início a uma evolução dos dispositivos móveis que segue até os dias atuais.
Logo em seguida, tal revolução disparou em grande velocidade, tendo em 1992 o envio da primeira mensagem de texto da história. Em 1998, o famoso Nokia 6160 tornou os dispositivos móveis acessíveis à grande parte da população. Com o início dos anos 2000, a era dos smartphones tomou forma com o Nokia 3310 (mais compacto e com longa duração de bateria, o que atraía cada vez mais consumidores). A partir daí, os dispositivos ganharam cada vez mais funções, contando com câmeras, MP3, bluetooth, envio de e-mails, acesso à internet, tela touch screen e assim seguindo até as conhecidas por nós nos dias atuais. Os aparelhos evoluíram ao ponto de ter a capacidade de um computador, porém cabendo na palma da nossa mão e acessível em qualquer lugar!
Mas, afinal, quais as funções que ainda utilizamos que pertencem à “velha guarda”? Um aparelho celular de última geração dispõe de todas as funções anteriores. Entretanto, com os aprimoramentos que lhe proporcionam melhor desempenho, como defendido pela Lei de Moore, onde a evolução tecnológica é constante, incluindo cada vez mais capacidade de processamento e em menor tamanho. Porém, há uma parcela populacional que não consegue adaptar-se às inovações dos aparelhos celulares, recorrendo a dispositivos mais simples, que se encarregam de realizar as necessidades do consumidor. Com tantos aprimoramentos em grande velocidade, não estariam os aparelhos atuais perdendo sua principal função?
Não! Apesar de as ferramentas de um dispositivo de última geração sobrepor-se às anteriores, elas não deixam de cumprir sua função primária: realizar a comunicação. Como exemplo, o famoso aplicativo de mensagens WhatsApp, que reúne diversas ferramentas em um lugar só, em que o usuário consegue realizar tanto chamadas de voz quanto de vídeo e enviar mensagens de texto ou áudios. Entretanto, é inegável que houve diversas evoluções desde o telefone convencional, passando pelos celulares, chegando aos atuais telefones inteligentes (smartphones) e já nos preparando para a próxima geração: os óculos inteligentes (smartglasses).
Confira no quadro abaixo o comparativo das funções e tecnologias utilizadas desde o telefone convencional, passando pelos celulares, até os smartphones
Fica então visível que, de modo geral, as únicas funções que ainda usamos dos telefones e celulares antigos são as chamadas de voz, cada vez menos utilizadas, uma vez que muitos já preferem que as pessoas primeiro avisem que vão ligar para depois efetuarem a ligação. As demais funções que utilizamos atualmente foram inseridas a partir dos smartphones. Segundo o professor mestre Renê Ignácio, coordenador dos cursos de tecnologias da informação (redes de computadores, análise de sistemas, jogos digitais, automação industrial e gestão de TI) da Unip Tatuapé, os óculos inteligentes poderão também trazer funções de holografia, em que os dispositivos vestíveis poderão ser equipados com hardwares capazes de emitir feixes de luzes para projetar imagens suspensas em 3D. A pessoa que estiver em nossa frente no mundo real será capaz de visualizar o mesmo que estamos vendo em nossas lentes.
Ainda em complemento, Ignacio salienta que o uso dos smartphones, bem como os conhecemos, já estão com os dias contados, sendo cada vez mais certo o uso dos smartglasses, com os diversos recursos mencionados acima. Porém, cabe a reflexão: quais são os riscos que os óculos inteligentes nos trarão? Como será a privacidade em um mundo onde todos poderão ver além do mundo real? Como será a segurança da informação com essa nova tecnologia? E se alguém invadir os meus óculos e ver o que eu estou vendo no mundo real? Todas as aplicações estarão adequadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)? Se preparem, pois traremos aqui nesta coluna as novidades sobre essas questões!
Quer se aprofundar no assunto, tem alguma dúvida, comentário ou quer compartilhar sua experiência nesse tema? Escreva para mim no Instagram: @davisalvesphd.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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