Confira dez dicas para evitar ser rastreado na internet
Dados coletados para fornecer conteúdo personalizado podem ser rastreados por terceiros
Sites e anúncios utilizam recursos para tornar sua navegação mais agradável e personalizar o conteúdo apresentado. Contudo, os mesmos dados coletados para fornecer esse conteúdo personalizado podem ser destinados e rastreados por terceiros, sendo utilizados muitas vezes sem o consentimento do usuário. Agora, com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), todos os brasileiros têm como direito o respeito à privacidade, à liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião (Art. 2º – LGPD). Tudo isso, inclusive, nos meios digitais. Confira agora dez dicas para não ser rastreado na internet.
1) Guia anônima
Ao utilizar a guia anônima, seu navegador não armazena o histórico de navegação, pesquisa e cookies, dando privacidade durante seu acesso à internet. Ao fechar a guia, o próximo usuário que utilizar o equipamento não saberá o que você fez durante a navegação. Vale lembrar, porém, que a navegação anônima evita apenas que os rastros sejam deixados no seu computador. Ela não impede que o conteúdo enviado para a rede seja identificado, ou seja, administradores de rede ainda podem acessar os detalhes da sua conexão.
2) Desativar cookies
Cookies são arquivos armazenados quando um usuário acessa um site pela primeira vez. São responsáveis por coletar as informações de navegação para elas que possam ser utilizadas em um próximo acesso. Devido a essa função, dados sensíveis podem ser coletados e utilizados sem consentimento do usuário. Por isso, desativá-los reforça a segurança e privacidade. A seguir, mostro o passo a passo para desativar os cookies nos navegadores mais utilizados atualmente:
Google Chrome: Canto superior direito “mais” > Configurações > Privacidade e segurança > Cookies e outros dados do site > Selecionar a opção desejada.
Firefox: Menu > Configurações > Privacidade e Segurança > Proteção aprimorada contra rastreamento > Modo Personalizado > Cookies > Selecione a opção desejada.
Safari: Preferências > Privacidade > Selecionar a opção desejada.
3) Excluir o histórico de navegação
Deletar o histórico de navegação garante que não haja registros das páginas visitadas durante o acesso à internet e pode ser realizado em qualquer navegador. A navegação através da guia anônima facilita o processo, pois, ao ser fechada a guia, não armazena os registros de acesso.
4) Ativar bloqueadores de anúncios no navegador (Adversisement)
Além de melhorar a experiência do usuário contra propagandas abusivas, os bloqueadores também têm o propósito de proporcionar mais segurança aos dados dos usuários, evitando a criação de cookies e contaminação do dispositivo por vírus. Algumas publicidades online servem como ferramenta para disseminar malwares. Bloqueadores de anúncios podem ser obtidos através das “Stores” de cada navegador e instalado como uma extensão.
Google Chrome: Chrome Web Store
Firefox: Firefox Add-Ons
Safari: Mac App Store
5) Usar sites de proxies
O proxy é responsável por intermediar a requisição do usuário com a rede externa. Dessa maneira, o servidor proxy esconde o endereço do usuário, atuando como destino da solicitação. Isso permite que os usuários naveguem de forma anônima, pois o servidor atua como representante do seu PC. Em vez do cliente acessar a rede diretamente de sua máquina, o site que esta visitando não saberá diretamente que é você naquela conexão. Porém, lembre-se que os próprios sites podem te identificar e acabar capturando sua navegação. Por isso, para o especialista Angelo Souza, tecnólogo em redes de computadores e mestrando em administração de TI, é importante pesquisar a respeito e consultar sempre um administrador de redes especializado em segurança da informação. Alguns exemplos de sites de proxies são: KProxy, ProxySite, Hide.me e Anonymouse.
6) Excluir arquivos temporários de internet
Arquivos temporários são registros salvos automaticamente pelo navegador quando o usuário acessa um site pela primeira vez, armazenando dados de navegação e permitindo um acesso mais rápido ao acessar o site posteriormente. Cookies e cache são exemplos desse tipo de arquivo. Ao excluí-los, você recupera espaço de armazenamento e auxilia na segurança, evitando registros de dados que possam ser utilizados sem o consentimento do usuário.
7. Evitar usar redes não confiáveis
Com o avanço da tecnologia, muitos locais já possuem ponto de acesso gratuito destinado ao público. Apesar de terem um bom proposito, são pontos atrativos para hackers devido ao acesso não necessitar de autenticação para se conectar à rede. Pessoas mal-intencionadas podem acessar aparelhos conectados na mesma rede, obtendo registros dos demais usuários.
8. Utilizar VPN (Rede Privada Virtual)
Uma VPN estabelece conexão de rede protegida, criptografando a conexão e direcionando a um servidor que oculta a atividade e localização do usuário. O uso da VPN contribui para a navegação segura e privacidade do usuário, dificultando acesso externo.
9. Recurso DNT (Do Not Track)
Este recurso é uma configuração dos navegadores que bloqueia o rastreamento de cookies, priorizando a privacidade do usuário ao acessar a rede e impedindo que informações de sua navegação sejam compartilhadas e utilizadas por terceiros.
10. Utilize um antivírus
Os antivírus têm como objetivo identificar e bloquear entrada de arquivos suspeitos em seu dispositivo, avaliar o conteúdo de websites e programas instalados, notificando o usuário sobre qualquer risco. Atualmente, grande parte dos dispositivos eletrônicos que acessam a internet possuem um antivírus gratuito já instalado, oferecendo uma proteção inicial ao usuário. Contudo, adquirir um antivírus mais potente garante uma proteção avançada para sua máquina, protegendo sua navegação na rede e seus arquivos pessoais.
#Bônus: Navegadores anônimos (TOR Browser)
Navegar na internet exige que sua conexão passe por redes de terceiros, e esses podem ter recursos que permita identificar quem você é, além do conteúdo acessado. Embora o Brasil tenha a Lei do Marco Civil da Internet, que prevê a neutralidade da rede onde os provedores são proibidos de identificar o conteúdo, ainda assim há o risco de incidentes. Por isso, navegadores anônimos podem ser úteis para garantir maior privacidade, uma vez que o tráfego passa por uma rede que redireciona sua conexão lógica para outra localidade. Porém, deve-se ater somente à navegação nos mesmos conteúdos que são acessíveis por outros navegadores, evitando assim cair em redes inseguras. Lembre-se que navegar anonimamente na internet não significa a permissividade da prática de ações que já são ilícitas no mundo real. Logo, você também será responsável pelos seus atos. Nada é 100% seguro, ou seja, sempre existem formas de rastrear os envolvidos. Ainda mais quando o fim for maléfico.
Quer se aprofundar no assunto, tem alguma dúvida, comentário ou deseja compartilhar sua experiência nesse tema? Escreva para mim no Instagram @davisalvesphd.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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