Guedes confirma a saída de Mansueto Almeida da Secretaria do Tesouro
Mansueto Almeida, secretário do Tesouro, está de saída do Ministério da Economia. Segundo o ministro Paulo Guedes, com quem conversei na tarde deste domingo (14), isso já estava previsto desde o início do governo.
Mansueto ficaria apenas “uns seis meses” para ajudar na transição, mas depois iria para a iniciativa privada. Acabou se empolgando com os avanços da agenda e a possibilidade de criação do Conselho Fiscal da República, que ficaria sob sua coordenação, e permaneceu mais de um ano no governo.
Com a pandemia, a agenda foi adiada e para não atrasar demais os planos pessoais, já que terá de ficar uns seis meses de quarentena, acabou optando por sair agora.
Mas Guedes assegura que há um entendimento total e Mansueto deve, inclusive, continuar colaborando, informalmente, na elaboração de propostas. O ministro, aliás, reafirmou, mais uma vez, o otimismo com uma recuperação da economia mais rápida do que se espera.
Trajetória
Mansueto Facundo de Almeida Jr. é formado em Economia pela Universidade Federal do Ceará, mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP).
Antes de assumir a Secretaria do Tesouro Nacional, ele foi coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica no Ministério da Fazenda (1995-1997) e assessor da Comissão de Desenvolvimento Regional e de Turismo do Senado Federal (2005-2006).
De 2014 a 2016, Mansueto foi consultor privado. Ele retornou ao serviço público em 2016, convidado pelo então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a assumir a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE). O economista assumiu a Secretaria do Tesouro Nacional em 2018, já na gestão do ministro Eduardo Guardia.
No governo Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes manteve Mansueto no cargo. Ele deixa o governo no mês que vem após 4 anos e 2 meses de serviço na equipe econômica. Seu destino deve ser o setor privado, mas só após uma quarentena, conforme disse à Jovem Pan Guedes.
Plano Mansueto
O secretário era visto como uma unanimidade entre economistas que defendem a política liberal do Ministério da Economia. Seu nome ficou ligado ao programa de recuperação dos estados que Guedes batizou de “Plano Mansueto”, por ter sido proposto pelo próprio secretário.
Trata-se de um programa temporário de curto prazo que permite que estados e municípios sem capacidade de pagamento tenham acesso a empréstimos com garantias da União desde que façam um ajuste fiscal para recuperar suas finanças.
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