Senado dos EUA rejeita extensão de subsídios do Obamacare e milhões podem enfrentar aumentos nos planos de saúde

Iniciativa liderada pelos democratas não alcançou os 60 votos necessários para avançar, em uma votação marcada por forte divisão partidária

  • Por Eliseu Caetano
  • 11/12/2025 17h44
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EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS estados unidos Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (11) a proposta que prorrogaria os subsídios ampliados do Affordable Care Act (ACA)

O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (11) a proposta que prorrogaria os subsídios ampliados do Affordable Care Act (ACA), conhecidos como Obamacare, previstos para expirar no fim de 2025. A iniciativa liderada pelos democratas não alcançou os 60 votos necessários para avançar, em uma votação marcada por forte divisão partidária.

A proposta buscava estender por mais três anos os créditos fiscais que reduzem o custo dos prêmios dos planos de saúde vendidos no mercado individual. Esses subsídios, ampliados durante a pandemia, se tornaram essenciais para cerca de 20 milhões de americanos que dependem das bolsas de seguro do ACA.

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Com a rejeição, estima-se que os prêmios médios desses planos possam aumentar substancialmente em 2026. Projeções citadas pelo The Guardian indicam que os custos podem mais que dobrar para muitos usuários, caso o Congresso não aprove uma nova medida até o final do ano. A perda dos subsídios também pode levar até 4 milhões de pessoas a ficarem completamente sem cobertura.

Uma alternativa apresentada por republicanos — que priorizava incentivos para contas de poupança de saúde em vez da extensão dos subsídios — também foi rejeitada. A divisão interna no próprio Partido Republicano impediu que a proposta avançasse.

O impasse ocorre em meio ao período de inscrição para os planos de 2026, que se encerra em meados de dezembro, ampliando a pressão para que o Congresso encontre uma solução antes que os subsídios expirem em 1º de janeiro. Sem acordo, milhões de americanos enfrentarão aumentos significativos ou poderão perder o acesso à assistência médica no próximo ano.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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