Juliana Rosas conta como se reinventou e promoveu eventos internacionais na pandemia

Apesar de ter empresa focada em um dos setores mais afetados pela Covid-19, publicitária deu a volta por cima, fez dinâmicas digitais para públicos grandes e se associou a dois empresários de marketing

  • Por Fabi Saad
  • 12/05/2021 09h00
Divulgação Mulher rindo em frente a um notebook. Ela é branca, tem cabelos castanhos longos e lisos e está com uma camisa azul marinho com bolinhas brancas. A Mulher Positiva desta semana é Juliana Rosas, publicitária e empresária

Nossa Mulher Positiva desta semana é Juliana Rosas, publicitária e empresária. Ela montou o seu próprio negócio em 2007, com a proposta de oferecer uma agência mais exclusiva, que ofereça uma experiência aos clientes, e não somente o combo básico de um bom evento. Por ter um negócio que faz parte de um dos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19Juliana afirma que este último ano foi o mais desafiador de sua carreira. No entanto, a publicitária, que chegou a ter crises de ansiedade e tristeza, deu a volta por cima. “Eu já estava em um movimento diferente, buscando o ‘algo a mais’. Reprogramei minha mente. Parei. Respirei. Fiz alguns eventos em formato digital com dinâmicas incríveis e para públicos bem maiores com abrangência nacional e internacional, como convenções, eventos de final de ano e motivacionais. Foi um grande aprendizado e nosso caixa respira aliviado. No final do ano passado, me associei a dois grandes empresários de marketing digital e estamos construindo planos de marketing para empresas e pessoas físicas, associando todo nosso expertise e unindo forças para ampliar nosso negócio”, conta.

1. Como começou a sua carreira? Quando montei meu próprio negócio em 2007. Antes disso, eu havia trabalhado em produtoras e agências, mas não conseguia me enquadrar ao formato proposto por elas, queria ter mais liberdade e ao mesmo tempo entender o negócio de forma mais ampla.

2. Como é formatado o modelo de negócios da JR Agência Boutique? A JR Agência Boutique nasceu da necessidade de uma agência mais exclusiva. Nosso propósito sempre foi entender melhor o DNA de nossos clientes e público alvo, e não oferecer apenas o combo básico de um bom evento. Queríamos criar e gerenciar projetos de forma que pudéssemos estar mais próximos ao cliente. Nós oferecemos mais do que um evento, é uma experiência. Todos os nossos projetos são pensados desta forma, norteados pela pergunta: como podemos surpreender? Recebemos o briefing e estudamos primeiramente quem é o cliente e o objetivo dele com o evento. A partir daí, sugerimos conceitos e temáticas que favoreçam o propósito e o façam atingir sua meta, que é: encantar, comunicar e impactar seu convidado. Fazemos todo o planejamento para a execução de ideias, juntamente com equipes selecionadas e especializadas de acordo com o perfil do cliente e projeto.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Certamente o momento que estamos vivendo agora. A pandemia foi um grande choque, principalmente no meu setor. Em um primeiro momento eu rapidamente entendi o que estava acontecendo, mas não tinha ideia da proporção e nem do tempo. Posteriormente, veio a euforia do “eu não posso parar”, crises de ansiedade e tristeza. Por outro lado, eu já estava em um movimento diferente, buscando o “algo a mais”. Reprogramei minha mente. Parei. Respirei. Fiz alguns eventos em formato digital com dinâmicas incríveis e para públicos bem maiores com abrangência nacional e internacional, como convenções, eventos de final de ano e motivacionais. Foi um grande aprendizado e nosso caixa respira aliviado. No final do ano passado, me associei a dois grandes empresários de marketing digital e estamos construindo planos de marketing para empresas e pessoas físicas, associando todo nosso expertise e unindo forças para ampliar nosso negócio. Como diz o famoso ditado: mar calmo não faz bom marinheiro. Portanto, continue a nadar.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Minha vida sempre foi muito corrida. Montei minha empresa e, na mesma semana que assinei os documentos, descobri que estava grávida. Eu tinha 29 anos e estava feliz da vida que as duas coisas mais importantes estavam acontecendo juntas. Nem conseguia enxergar o que estava por vir. Quando meu filho nasceu minha rotina era exaustiva, só que tive muito apoio em casa para que eu pudesse realizar a construção de minha marca/empresa, atender meus clientes, e ainda estar perto do meu filho. Por muitas vezes achava ser a mulher maravilha, eu queria dar conta de tudo. E confesso que, até pouco tempo atrás, ainda tinha um ritmo maluco. Hoje, depois de muita terapia, consigo entender e equilibrar melhor todos os afazeres. Aprendi também a dizer não. Tem coisas que realmente não valem a nossa paz e o nosso tempo.

5. Qual seu maior sonho? Fazer um grande projeto que também tenha como propósito o assistencialismo. Acredito muito na ideia de compartilhar, integrar. Estamos no caminho.

6. Qual sua maior conquista? Em termos de trabalho, sem dúvida, ser responsável pela criação e produção de eventos internacionais com equipe local. Fui desafiada a fazer isso sem minha equipe do Brasil, e topei na hora. Projetos na Jamaica, Tailândia, Itália e Estados Unidos. Cada local tem uma cultura e um jeito diferente de trabalhar, cresci muito como profissional. No lado material, a compra do meu apartamento.

7. Livro, filme e mulher que admira. Tem um livro que li logo no início da minha vida profissional e que nunca esqueci: “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de Dale Carnegie. O que estou lendo agora é “Hábitos Atômicos”, de James Clear. Difícil escolher um filme, porque sou viciada, e gosto muito de vários gêneros, exceto terror e ficção científica. De qualquer forma, amo filmes baseados em histórias reais, pois me coloco na situação e fico por horas pensando. Teve um que me impactou muito e me fez rever todo o significado de realmente ter fé: “O milagre da fé”, que tem muitas mensagens incríveis. Eu amei também um filme que foi apresentado em um curso de PNL ( programação neuro linguística ) que fiz no final de 2019 – o indiano “3 Idiotas”, muito bom e extremamente relevante. São tantas as mulheres que admiro. A primeira eu me apaixonei ainda na infância por toda sua história e vivência. Ela morreu ainda menina, mas para mim foi uma grande mulher, Anne Frank. Eu chorei compulsivamente quando visitei sua casa em Amsterdam. Outra que acho realmente fantástica é a Malala Yousafzai.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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