Melissa Angelini celebra sucesso no ‘mundo caótico e empolgante’ do mercado de capitais
Diretora de multinacional da área da saúde conta que sua carreira começou ‘meio sem querer’, após uma amiga indicá-la para uma empresa ‘que estava crescendo’
Nossa Mulher Positiva desta semana é Melissa Angelini, diretora de RI (Relações com Investidores) da Procaps Group, multinacional da área da saúde. Melissa conta nesta entrevista como concilia a vida pessoal e profissional no mundo caótico, empolgante e recompensador do mercado de capitais. Ajudar a empoderar mulheres e impactar positivamente a saúde das pessoas são dois temas recorrentes em sua carreira. “A minha maior conquista é poder trabalhar com o que gosto e apresentar esse mundo de empoderamento para a minha filha, para ela saber que pode fazer o que quiser. Sou muito grata e privilegiada por isso.”
1. Como começou a sua carreira? Acho que foi o destino. A minha carreira começou meio que sem querer. Voltei para o Brasil depois de seis anos fora e precisava trabalhar. Uma amiga estava trabalhando em uma consultoria de mercado de capitais e me contou que a empresa era nova, crescia muito e, por isso, estava contratando pessoas sem experiência na área. Fui conversar com eles e me pareceu um mundo extremamente dinâmico e interessante. Faz 15 anos que estou nesse mundo caótico, dinâmico, muitas vezes estressante, mas extremamente gratificante e empolgante. Tudo que vivi contribuiu para eu continuar crescendo na indústria.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Procaps Group? A Procaps é uma indústria farmacêutica com uma plataforma integrada para produção de medicamentos e suplementos, com tecnologia própria focada em cápsulas em gel, o que facilita a ingestão dos medicamentos. Estamos presentes em mais de 13 países, incluindo os Estados Unidos, e trabalhamos tanto com o segmento B2B quanto com o B2C. Acabamos de listar na Nasdaq, nos Estados Unidos. Temos um projeto de crescimento muito interessante para os próximos anos focado nos EUA e na América Latina.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? O momento mais difícil da minha carreira foi quando eu perdi minha mãe e meu pai no período de um ano. Esse foi um período bastante desafiador para mim, para conciliar o trabalho de relações com investidores de todas as empresas que eu atendia em meio a tudo o que eu estava passando na minha vida pessoal. Mas tive pessoas incríveis à minha volta que sempre me apoiaram e continuei crescendo e me especializando em RI.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Acho que isso é o mais difícil, realmente não sei se existe um equilíbrio ideal, mas, sim, que cada um encontra o seu equilíbrio e o que funciona para a sua vida. No meu caso, o meu trabalho faz parte da minha vida, então, não há uma separação tão clara entre esses dois aspectos. Eu acabo encontrando um equilíbrio quase que diário entre o que precisa mais da minha atenção em determinado momento. Quando eu tenho que desacelerar e estar mais com a minha filha e a minha família, eu faço. E quando tenho que focar mais no trabalho, também faço. E vou gerenciando dessa maneira.
5. Qual seu maior sonho? O meu sonho é trabalhar para fazer a diferença na vida das pessoas, e o incrível de trabalhar na indústria farmacêutica é justamente isso. Eu sinto que estamos impactando a vida de muitas pessoas em uma área tão importante como a saúde, mas ainda sonho em impactar a vida de crianças e criar um projeto social. Já tenho um rascunho e espero avançar com o projeto neste ano.
6. Qual sua maior conquista? A minha maior conquista é poder trabalhar com o que gosto e apresentar esse mundo de empoderamento para a minha filha, para ela saber que pode fazer o que quiser. Sou muito grata e privilegiada por isso.
7. Livro, filme e mulher que admira. Tem vários filmes e livros que me impactaram em diferentes momentos da minha vida. Tem dois filmes dos quais gosto muito: “À Procura da Felicidade”, que até hoje me impacta por mostrar o amor que temos por um filho e o que somos capazes de fazer, mas também por mostrar que a vida nos dá o que queremos dela. Se pensarmos somente no lado negativo de tudo e passarmos isso para os nossos filhos, é isso que ele verá, e vice-versa. Outro filme que eu adoro é “Erin Brockovich”, que fala sutilmente sobre o empoderamento feminino de uma maneira leve e divertida. Uma mulher, mãe solteira, que, apesar de sua falta de educação em direito, foi fundamental na construção de um caso envolvendo contaminação de águas subterrâneas. A mulher que mais admiro é Cristina Junqueira, do Nubank. Uma brasileira, jovem, mãe, que venceu no mundo dos negócios e continua sendo “gente como a gente”, mostra muito esse lado nas suas redes sociais.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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