‘Meu sonho é que as mulheres alcancem a merecida igualdade no mercado de trabalho’, diz a advogada Claudia Securato

Voz ativa na briga por salários iguais entre homens e mulheres, a multifacetada Mulher Positiva desta semana é formada em jornalismo e direito, leitora voraz, mãe de três filhos e professora em escola de negócios

  • Por Fabi Saad
  • 31/05/2023 10h00
Fabiano Feijó/Divulgação Mulher branca e loira, com colar e terminho branco, na faixa dos 40/50 anos, sorri para foto Claudia Securato é sócia do Securato e Abdul Ahad, professora da Saint Paul Escola de Negócios e criou Instagram para divulgar escritoras brasileiras

Nossa Mulher Positiva desta semana é Claudia Securato, advogada, sócia do Securato e Abdul Ahad Advogados, professora, defensora da responsabilidade social e da igualdade de gêneros, mãe de três filhos e leitora compulsiva. “Em 2019, criei a página de Instagram @livrosdaclau, em que compartilho minha paixão pelos livros e divulgo autoras brasileiras contemporâneas”, revelou. “Atualmente, além do exercício intenso da advocacia, me dedico ao estudo das mulheres no mercado de trabalho, do futuro do trabalho e dos temas que envolvem o “S” no ESG. Sou professora da Saint Paul Escola de Negócios e voz ativa em discussões sobre igualdade de gênero. […] Meus sonhos, bem utópicos, são ver o Brasil prosperar com a valorização da educação e a diminuição da desigualdade social e que as mulheres alcancem a almejada e merecida igualdade com os homens.”

1. Como começou a sua carreira? Sou de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e me formei lá em jornalismo e direito. Recém-formada, mudei para São Paulo para estudar e trabalhar. Tornei-me advogada trabalhista por acaso ao aceitar uma parceria com um amigo da família. Em 2006, fundei meu próprio escritório que hoje se chama Securato e Abdul Ahad Advogados, focado na advocacia empresarial. Em 2019, criei a página de Instagram @livrosdaclau, em que compartilho minha paixão pelos livros e divulgo autoras brasileiras contemporâneas. Atualmente, além do exercício intenso da advocacia, me dedico ao estudo das mulheres no mercado de trabalho, do futuro do trabalho e dos temas que envolvem o “S” no ESG. Sou professora da Saint Paul Escola de Negócios e voz ativa em discussões sobre igualdade de gênero.

2. Como é formatado o modelo de negócios do Securato e Abdul Ahad Advogados? O escritório tem sede em São Paulo, além de atuação em todo território nacional e em todos os setores da economia, dando enfoque nas áreas trabalhista e cível. O diferencial do escritório é harmonizar ideias inovadoras com soluções práticas. O atendimento personalizado permite uma constante interação entre advogados e clientes, proporcionando a troca de informações e ideias, tornando possível o total aproveitamento nas decisões. Os pareceres, consultas e peças processuais são confeccionados de forma única e artesanal, permitindo atenção a todos os detalhes, porquanto cada caso é visto como único, com suas características, singularidades e soluções específicas. O escritório é reconhecido entre clientes, colegas e parceiros pela excelência na prestação de serviços e vem sendo constantemente premiado por seu desempenho.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? No nascimento dos meus filhos gêmeos, Helena e Vicente, que hoje têm 7 anos, repensei muito a minha carreira e minhas perspectivas para o futuro. À época, o Antonio, meu primeiro filho, tinha apenas 1 anos e 5 meses, e a pressão de cuidar de três bebês quase me fez desistir da carreira que havia construído. Nesse mesmo período, resolvi cursar o primeiro programa ABPW para formação de mulheres em conselhos de administração na Saint Paul Escola de Negócios. Em um momento em que estava exausta, encontrar outras mulheres que viviam na mesma situação me trouxe um enorme conforto e incentivo para seguir.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Cada dia que passa, vejo que uma das maiores dificuldades das mulheres é equilibrar seus inúmeros papéis. Tenho muita sorte de poder contar com uma super-rede de apoio, marido participativo, mãe que, apesar de morar em outro Estado, está sempre presente e uma equipe incrível e generosa no escritório e em casa. Mesmo assim, passo por muitos momentos difíceis, de questionamentos e angústias, em que preciso me esforçar para retomar a força para seguir adiante.

5. Qual seu maior sonho? Dois sonhos bem utópicos: ver o Brasil prosperar com a valorização da educação e a diminuição da desigualdade social e que as mulheres alcancem a almejada e merecida igualdade com os homens no mercado de trabalho.

6. Qual sua maior conquista? Sempre idealizei que conseguiria conciliar minha família com minha carreira e, quando vejo meus filhos e meus projetos crescendo juntos e saudáveis, penso que estou no caminho certo.

7. Livro, filme e mulher que admira. Muito difícil escolher um só, amo muitos livros, filmes e admiro muitas mulheres. Não nos faltam modelos a serem seguidos. Livros: recomendam que conheçam as autoras brasileiras contemporâneas e tenho certeza que terão ótimas surpresas. Tenho muitas dicas no @livrosdaclau, mas cito algumas aqui: Carola Saavedra, Renata Belmonte, Carol Bensimon, Andrea del Fuego e Juliana Leite. Filme: “Eu, Tonya”, história verídica de uma patinadora que sofreu maus tratos da mãe, perseguição de colegas e treinadora, vivia em um relacionamento abusivo e, às vésperas dos Jogos Olímpicos, se viu acusada de um crime. Uma crítica ao culto das celebridades, à ditadura das aparências, à valorização do supérfluo. Mulher: Nadia Murad, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2018 e todas as ativistas feministas que pedem justiça às vítimas de violência e assédios no mundo.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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