Presidente do Grupo Lide Futuro conta como criou plataforma de networking para grandes lideranças
Lais Macedo é realizadora do ‘Summit Future is Now’, evento para CEOs que acontecerá em setembro
Nossa Mulher Positiva é Laís Macedo, presidente do Grupo LIDE FUTURO e realizadora do Summit Future is Now, evento para CEOs que acontecerá este mês. Laís nos conta como iniciou sua carreira e os desafios de ser uma mulher líder no mundo dos negócios. “Comecei a trabalhar muito nova, como vendedora aos 14 anos, na minha cidade, no interior de Minas. Mas no universo do networking e a verdadeira conexão com o ambiente empresarial, minha trajetória começou em 2010, no LIDE, quando entrei como estagiária”, diz. “Tinha 24 anos quando assumi a gerência do grupo. Não estava preparada para liderar pessoas com idades, perfis, planos e comportamentos tão diferentes. Não previ essa etapa do sonho, romantizei demais a jornada. Então, fui aprendendo dia a dia como migrar meu comportamento de chefe, que assumi junto a promoção, para ser realmente uma boa líder, ter um time engajado, competente e orientado para resultados”, acrescenta.
1. Como começou a sua carreira? Comecei a trabalhar muito nova, como vendedora aos 14 anos, na minha cidade, no interior de Minas. Mas no universo do networking e a verdadeira conexão com o ambiente empresarial, minha trajetória começou em 2010, no LIDE, quando entrei como estagiária.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Lide Futuro? O LIDE FUTURO completa 10 anos em 2022 e se fortalece como uma importante e estratégica plataforma de networking aliada a vida e negócios de grandes lideranças. São empreendedores, donos dos seus próprios negócios, intraempreendedores, ou seja, quem ocupa uma posição de liderança dentro de grandes empresas nacionais e internacionais, e sucessores de empresas familiares. Esses líderes, apesar de setores e perfis diferentes, em comum tem maturidade corporativa, são detentores de experiências, potentes redes de relacionamento e protagonista atuação em seus setores. Assim, contamos com algumas ferramentas online e offline para promover conexões entre eles, fomentar diálogo, compartilhamento de experiências, discussão dos principais temas de impacto no universo empresarial.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Acredito que foi minha sonhada gerência. Em 2010 entrei no LIDE com 20 anos, como estagiária, mas com o sonho grande de me tornar gerente antes dos 25 e diretora antes dos 30. Fui extremamente dedicada e focada nesse sonho e ele aconteceu. Tecnicamente, talvez estivesse preparada, tinha as hard skills, mas me faltaram as soft skills. Tinha 24 anos quando assumi a gerência do grupo. Não estava preparada para liderar pessoas com idades, perfis, planos e comportamentos tão diferentes. Não previ essa etapa do sonho, romantizei demais a jornada. Então, fui aprendendo dia a dia como migrar meu comportamento de chefe, que assumi junto a promoção, para ser realmente uma boa líder, ter um time engajado, competente e orientado para resultados. Entendi que não faria nada sozinha e que ter meu time como meu grande aliado era uma jornada complexa, mas fui em busca dela.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? Trabalhe enquanto eles dormem. Essa frase não combina comigo. Não gosto nem apoio quem romantiza a exaustão. Quem renuncia da família, amigos, do bem-estar, noites de sono e rotina de esportes pela realização profissional. De nada adianta conquistar a liberdade financeira para se manter preso a fonte promovedora desse recurso. Com 24 anos fui essa pessoa. Adorava contar que trabalhava 14, 16 horas por dia, até que tive meu primeiro burnout. Precisei aprender com a dor. Hoje minha vida tem mais responsabilidades, demanda e pressão que naquela época, mas levo de uma forma muito mais equilibrada. Não renuncio aquilo que me importa, como uma rotina diária de esportes, me alimentar bem, dedicar tempo a quem me importa, dormir, ter momentos de qualidade com as pessoas que gosto. Com o tempo vamos ficando mais seletivos, hoje são poucas as pessoas que dedico meu tempo e energia, mas essa é a beleza da maturidade. Então você passa a entender que tudo na sua vida é importante e que sua vida profissional demanda dedicação, foco, energia, tempo e paixão, é compreender qual o peso disso, criar rotina, ter com quem contar, compreender seus inegociáveis e colocar tudo isso de uma forma saudável e bem distribuída nessa caixinha chamada vida.
5. Qual seu maior sonho? Meu propósito de vida é ser ponte entre pessoas e oportunidades. Hoje sou uma das poucas mulheres liderando uma comunidade de networking de c-level, multisetorial e mista (homens e mulheres). Então é diante desse propósito e da responsabilidade de estar onde estou, que quero aproveitar desse espaço de alcance e influência para promover um ambiente empresarial mais conectado aquilo que acredito, que represente um mundo mais diverso e inclusivo. Meu sonho é que as pessoas tenham o networking como um grande aliado a sua vida e negócios, que possamos compreendê-lo como ferramenta, levar para a vida com responsabilidade, gestão e qualidade. E em um ambiente empresarial realmente plural, que isso reflita então nossas conexões. Que tenhamos repertórios cada vez mais amplos, que esse lugar de influência que cada um ocupa, seja um espelho do valor gerado pelas conexões plurais. Que, em rede, sejamos fontes de transformação coletiva.
6. Qual sua maior conquista? Sempre tive a tendência de atribuir essa reflexão a um fato específico, mas hoje vinculo minha maior conquista à minha coragem. Minha maior conquista foi e é cada momento que tive coragem de arriscar, ousar, momentos onde meus sonhos e garra foram maiores que qualquer chance dada ao medo. Hoje atribuo a realização do Summit Future Is Now. A conquista hoje está na coragem de protagonizar um evento que propõe um movimento de bastante impacto e transformação no mercado. Fugir do estado quo é ousado. Replicar o que já dá certo é mais tranquilo, um caminho mais pavimentado e riscos mais conhecidos e medidos. Então hoje a conquista está em desbravar esse espaço criando um novo ambiente e perfil de evento destinado a c-level. E espero que a partir de 29 de agosto, dia seguinte à conclusão do Summit, minha maior conquista esteja no sucesso e impacto causado pelo evento. E assim a vida seguirá de conquistas marcantes, episódios de coragem somado a concretização desses planos e sonhos.
7. Livro, filme e mulher que admira. Talvez serei óbvia ao sugerir a literatura da Brené Brown, pela oportunidade de naturalizarmos a vulnerabilidade. A jornada empreendedora é dura e solitária e a sensação de termos que ser fortes o tempo todo é cruel. Então a oportunidade de externalizar medos, viver nossos momentos de fragilidade e isso não ser algo que invalida nossa capacidade, é essencial para jornadas mais equilibradas e reais. Filme: recomendo a série “A vida e a história de Madam C. J. Walker”, uma mulher negra, corajosa, potente e resiliente. É inspiração do início ao fim diante de todas as barreiras que ela superou. Inspiração? Minha mãe, sem dúvidas. Uma grande guerreira que sempre apoiou meu comportamento ousado e destemido. E não apenas o meu, porque tenho mais duas irmãs que agem exatamente assim. Somos frutos do meio, pais que sempre nos encorajaram. A garra da minha mãe, somada ao seu entusiasmo, modo leve de encarar a vida e os problemas, sempre me trouxeram a mensagem e sensação de que tudo é possível.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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