Vacina trivalente ou tetravalente contra a gripe? Entenda a eficácia e a diferença entre os dois tipos

Imunizante contra a doença previne complicações e internações, segundo médicos, e deve ser tomado todos os anos porque o vírus passa por mutações constantemente

  • Por Jaqueline Falcão
  • 31/05/2022 08h41
EFE/EPA/Eugene Hoshiko / POOL POOL PHOTO Morador local recebe a dose de reforço da vacina Moderna Covid-19 Vacina contra a gripe deve ser tomada todos os anos porque o vírus faz mutações constantemente

A imunização é uma forma de proteção da saúde individual e coletiva. gripe é uma doença que mata até 650 mil pessoas todos os anos em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Há vacina contra gripe disponível no Brasil, em duas apresentações: trivalente e tetravalente. Mas há dúvidas sobre as diferenças, principalmente da eficácia, da vacina aplicada na rede pública – que não é para toda a população – e a dose disponível nas clínicas privadas.

No sistema público de saúde, a vacina contra Influenza é trivalente, com proteção contra os vírus H1N1, a cepa B e o H3N2, do subtipo Darwin, que causou os surtos de gripe em dezembro e janeiro deste ano. Na edição 2022 do imunizante contra a gripe oferecido na rede privada, a tetravalente inclui H1N1, H3N2 Darwin, tipo B (Victoria e Yamagata). A vacina contra gripe, seja trivalente ou tetravalente, previne complicações e internações, segundo médicos. E ela deve ser tomada todos os anos porque o vírus passa por mutações todos os anos. A médica infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que as duas vacinas têm a mesma eficácia.  

“Todas as cepas causam infecção de vias aéreas superiores, que pode evoluir gravemente, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade e pessoas em grupo de risco, como idosos e pacientes transplantados. Tanto a vacina trivalente quanto a tetravalente têm a mesma eficácia. A diferença é a cobertura para mais um tipo de influenza. A tetra protege contra mais um vírus”, explica a médica.

Campanha abaixo do esperado

Uma sondagem da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) mostra que na rede privada, a campanha de vacinação contra a gripe está abaixo do esperado. Mais de 76% das clínicas disseram que a campanha está fraca e 22% consideram regular. Somente 5,5% das associadas atingiram mais de 70% de sua expectativa vacinal para 2022 e mais de 41% atingiram apenas entre 10% e 30%. Thais Farias, diretora da Amo Vacinas, diz que o setor ainda vive o reflexo da pandemia. “Algumas pessoas tomaram vacina em dezembro e janeiro por conta do surto de gripe pela cepa Darwin (H3N2) e acham que não precisam tomar nova vacina ou que é a mesma”, comenta. 

Curtas

  • A dura jornada da fibromialgia

Uma pesquisa feita pela empresa Viatris com 533 pessoas em seis países, incluindo o Brasil, investigou mais a fundo o impacto da fibromialgia na vida dos pacientes. De acordo com a pesquisa, a jornada dos pacientes antes do diagnóstico começa com a sensação de fadiga, que é relatada como um dos principais sintomas por 61% dos entrevistados. A dor crônica generalizada ou localizada foi descrita, respectivamente, por 56% e 46% dos pacientes no mundo e por 70% e 59% dos pacientes brasileiros, respectivamente.  O aspecto emocional também é realidade. Mais de 60% dos pacientes com fibromialgia afirmaram ter dificuldade em lidar com a doença, tanto em nível emocional quanto prático; cinco em cada 10 necessitam de apoio de seus familiares ou cuidadores, principalmente em relação à higiene e mobilidade, com grande impacto em seus relacionamentos.

  • Vacina de Covid-19 deve custar R$ 300 a R$ 350 em clínicas privadas

Segundo a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), o preço da vacina contra Covid-19 na rede privada ficará entre R$ 300 e R$ 350 a dose. O imunizante oferecido será o da AstraZeneca, única fabricante que sinalizou disponibilidade para o setor privado. 

  • 10 benefícios do Muay Thai 

A arte marcial milenar conhecida como Muay Thai é uma excelente opção de atividade física para quem quer dar um upgrade nos treinos ou para quem está em busca de uma modalidade para chamar de sua. “Se a meta é dar os primeiros passos para sair do sedentarismo, optar por uma aula de luta é investir em um combo de benefícios que vão trabalhar a parte física e a emocional”, destaca André Macedo, especialista em Fisiologia do Exercício pela Unifesp e personal trainer na academia Bodytech Eldorado. 

Macedo lista 10 benefícios da prática esportiva: 

  1. Acelera o metabolismo;
  2. Aumenta a capacidade cardiopulmonar;
  3. Diminuição gordura e do colesterol;
  4. Melhora do sono;
  5. Aumenta a capacidade cardiopulmonar, a força, a resistência muscular, o equilíbrio e a visão periférica;
  6. Auxilia na definição muscular dos ombros, tríceps, dorsais, glúteo, quadríceps, ísquios e abdômen;
  7. Diminui e ajuda a controlar a ansiedade;
  8. Dá um upgrade na autoconfiança e na autoestima;
  9. Estimula a agilidade mental;
  10. A perda calórica em uma aula de 60 minutos para iniciantes é de 300 a 400 kcal, intermediário de 400 a 600 kcal e avançados acima de 600 kcal. O gasto calórico corresponde a uma mulher de 60kg.
  • O impacto do Maio Roxo

O mês de maio termina nesta terça-feira, e com isso também o fim de ações da campanha Maio Roxo, que teve como objetivo ampliar a conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais.  Para tornar mais forte essa mensagem, a farmacêutica Amgen optou por destacar o dia a dia dos pacientes, com uma série de ações em seus perfis nas redes sociais (@amgenbrasil).  Uma delas conta com a participação da influenciadora Lorena Eltz (@lorenaeltzz), que possui a Doença de Crohn e é idealizadora do movimento #FelizComCrohn. 

  • Fumantes têm 3 vezes mais risco de desenvolver câncer de bexiga

Dia 31 de maio é lembrado como Dia Mundial sem Tabaco, data que alerta a população sobre o hábito de fumar ao câncer de pulmão. Mas poucos sabem que o fumo também é o principal fator de risco para o câncer de bexiga, o segundo tumor urológico mais comum entre os homens. A doença é três vezes mais comum em fumantes e acomete, principalmente, pessoas a partir dos 55 anos, com pico de incidência entre os 60 e 70 anos. Este é o alerta do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR).

O diretor do IUCR, Gustavo Guimarães, explica que esta estreita relação entre fumo e câncer de bexiga se dá pelo fato que as substâncias tóxicas do cigarro são eliminadas pelo rim, agredindo assim a parede da bexiga. O caminho percorrido no corpo pela “fumaça” do cigarro – que contém, entre outros elementos prejudiciais, a nicotina e o alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas – é devastador para a bexiga e para os demais órgãos por onde passa.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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