Guerra entre Israel e Hamas pode aumentar custos agrícolas

Alta do gás natural e incerteza sobre petróleo estão no foco do agro

  • Por Kellen Severo
  • 11/10/2023 10h00 - Atualizado em 11/10/2023 11h14
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Dirceu Portugal/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 13/10/2021 Sob o céu azul, trator anda em uma grande propriedade rural O mercado do agronegócio acompanha com atenção a guerra em Israel também porque o país é fornecedor de adubos para o Brasil

A guerra entre Israel e Hamas pode aumentar os custos agrícolas da safra 2023/2024 no Brasil. Entre os principais motivos estão: o risco de oferta de petróleo com consequente alta de preços de energia e a valorização do gás natural que acumula ganhos de 30% em 3 dias. No caso do gás natural, os preços europeus reagiram, também, à decisão do Ministério de Energia de Israel de pedir à Chevron, grande empresa mundial do ramo de energia, que interrompa a produção num campo de gás ao largo da costa de Israel, em função do conflito com o Hamas. O gás natural é matéria-prima para fertilizantes nitrogenados usados na agricultura. Até o momento, apesar da alta do gás, os fertilizantes não tiveram grandes mudanças nos preços, apontou a Agrinvest Commodities.

Já no petróleo, a pressão recai sobre o óleo diesel, um dos principais itens de formação de custos dentro das propriedades rurais, principalmente neste período de plantio da safra. O mercado de energia está nervoso e o petróleo fechou com alta de 4% na segunda-feira. Os riscos de uma escalada da guerra para outros países do Oriente Médio são monitorados de perto já que a região tem grandes produtores do óleo e isso poderia repercutir globalmente em custos de combustíveis e fretes marítimos. O mercado do agronegócio acompanha com atenção a guerra em Israel também porque o país é fornecedor de adubos para o Brasil, ocupando o segundo lugar no ranking dos superfosfatos simples, terceiro lugar em superfosfato triplo e quarto lugar em cloreto de potássio. No momento, além da eventual pressão altista em custos de produção que pode vir pela frente,  o conflito segue no radar pela importância do Oriente Médio para a pauta exportadora do agro.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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