Importante figura do agro é indicada ao Prêmio Nobel da Paz
Considerado o pai da agricultura tropical, Alysson Paolinelli foi responsável por estruturar a Embrapa e desenvolver o agro do Cerrado; pelo segundo ano seguido, foi indicado ao Nobel da Paz
Pelo segundo ano consecutivo o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli foi indicado ao Nobel da Paz, que é considerado um dos prêmios de maior prestígio do mundo. Neste ano, 343 candidatos, segundo maior da história, serão avaliados por um comitê composto por cinco membros. O vencedor será conhecido em 7 de outubro e o evento de entrega do prêmio acontece em dezembro na Noruega. Paolinelli é considerado o pai da agricultura brasileira. Formado em agronomia, ele estruturou um sistema de pesquisa único da agricultura tropical brasileira que teve como resultado a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). À frente do Ministério da Agricultura, ofereceu mais de duas mil bolsas para pesquisadores estudarem nas melhores universidades de ciências agrárias do mundo.
Outro grande feito de Paolinelli foi a criação de um programa de desenvolvimento para o Cerrado, que proporcionou a reabilitação dos solos e um salto na produção agrícola da região. Na década de 1970, o Brasil chegou a ser importador de alimentos básicos e com investimento em ciência, tecnologia e capacitação humana, já na década de 1980 conseguimos garantir nossa autossuficiência alimentar. Para se ter ideia, entre 1975 e 2020, a produção brasileira de grãos cresceu mais de seis vezes, enquanto a área plantada subiu apenas duas vezes. Esta foi considerada a maior revolução agrícola tropical sustentável da história. O livro que conta a vida de Paolinelli revela que a motivação dessa transformação foi principalmente a percepção de que a escassez de alimentos era a base dos conflitos ao redor do mundo e por isso o olhar voltado para desenvolver no Brasil condições para fartas produções, como as que vemos hoje e que nos garantem segurança alimentar. Imagina que bacana seria ver a coroação do trabalho do brasileiro Paolinelli no Nobel da Paz.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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