La Niña será forte? Veja atualizações

Historicamente, períodos de La Niña coincidem com alta dos grãos

  • Por Kellen Severo
  • 14/06/2024 09h58 - Atualizado em 14/06/2024 12h22
Reprodução/Freepik El Niño O La Niña tradicionalmente aumenta o volume de chuvas no Norte e diminui no Sul do Brasil

A projeção mais recente da agência climática dos Estados Unidos indica que o La Niña pode se desenvolver durante o período de julho a setembro e durar até o verão aqui no hemisfério Sul. As chances estão em 65% já a partir do próximo mês e 85% de persistir no verão. O La Niña tradicionalmente aumenta o volume de chuvas no Norte e diminui no Sul do Brasil. A Nottus Meteorologia revela que as simulações dos Estados Unidos indicam um fenômeno fraco, com intensidade moderada entre novembro e janeiro. Já o Grupo Safira destaca que há divergências nas projeções entre o modelo americano e o europeu. Segundo o meteorologista Celso Oliveira, neste ano, o La Niña será fraco e não muito duradouro.

Segundo estudos da consultoria Céleres, um La Niña de baixa intensidade tem capacidade de aumentar a produtividade média nacional da soja em 3 sacas por hectare e diminuir a produtividade média de milho verão em 8 sacas por hectare. Quanto aos preços, ela indica que em anos de La Niña, há uma coincidência com períodos de sustentação das cotações de soja e milho na Bolsa de Chicago. Tanto no caso da soja como no do milho, podemos ver que nos anos de 2008, 2011/2012 e de 2021/2022, os preços registraram patamares mais elevados nos anos de La Niña, sinalizados em azul. Há uma correlação com problemas de produtividade na região Sul do Brasil e em áreas da Argentina, que foram influenciados pelo fenômeno.

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O plantio da safra de verão está estimado para começar em setembro no Brasil e os fenômenos climáticos e a intensidade deles são importantes para dar pistas sobre como deverão ser as condições de chuvas nas regiões produtoras do Brasil. Na safra 2024, o El Niño castigou a produção brasileira e houve perda de 25 milhões de toneladas de soja. Espera-se que com um La Niña moderado, o Brasil consiga ter condições para uma produção mais farta nesta nova temporada que está a caminho.

 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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