Mercado agro será beneficiado com aproximação comercial entre Brasil e Oriente Médio

Comitiva brasileira que esteve no Golfo Pérsico nesta semana buscou atrair investimentos e fortalecer o comércio com a região, que tem uma das maiores taxas de crescimento econômico do mundo

  • Por Kellen Severo
  • 19/11/2021 09h00 - Atualizado em 19/11/2021 09h38
Alan Santos/PR - 17/11/2021 Sob os olhares de Giani Infatino,presidente da Fifa, Bolsonaro cumprimenta um dignatário do Catar, vestido com roupas árabes tradicionais Jair Bolsonaro visitou os Emirados Árabes, o Bahrein e o Catar em seu tour pelo Oriente Médio

A comitiva brasileira que esteve no Oriente Médio nesta semana foi tentar atrair investimentos e fortalecer o comércio com a região. O presidente da República, Jair Bolsonaro, inaugurou a embaixada do Brasil no Bahrein na terça-feira, 16. Foi a primeira vez que um chefe de Estado brasileiro visitou o país, com o qual são mantidas relações diplomáticas desde a década de 70. Segundo especialistas em relações internacionais, como Karina Tiezzi, da BMJ Consultores, com a nova representação, as relações comerciais podem se estreitar e favorecer a ampliação de mercados e investimentos. O agronegócio está de olho nessas oportunidades, já que o Oriente Médio é uma das regiões do mundo com maior taxa de crescimento econômico. Dos cinco produtos que o Brasil mais exportou para eles entre janeiro e outubro deste ano, quatro são agrícolas. Em receita, o minério de ferro está em primeiro lugar, seguido de carnes de aves, açúcares, soja e milho.

Além disso, para o fortalecimento das relações, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinou, com a Autoridade de Segurança Alimentar de Abu Dhabi, um memorando de entendimento que permitirá o desenvolvimento de projetos de cooperação científica em áreas como horticultura, frutas e controle biológico de plantas e doenças. A estratégia de intensificar a agenda internacional e fomentar relações diplomáticas é acertada e deve gerar bons frutos. À medida que o Brasil renova recordes de produção e gera excedentes exportáveis, é necessário encontrar novos destinos e ampliar os já existentes.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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