PIB Agro cresce 9,81% no semestre e deverá gerar recorde de R$ 2,6 tri em 2021
Bom desempenho do setor tem sido estimulado pela alta de preços agrícolas
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio acumulou alta de 9,81% no primeiro semestre do ano na comparação com o mesmo período de 2020. O bom desempenho é resultado do volume de produção e variação de preços reais. Veio do setor agrícola uma das mais altas contribuições, devido à alta das commodities. Os números só não foram melhores por causa de custos e quebra de produção gerada por problemas climáticos. A pecuária registrou queda no balanço do período. Para o ano, a expectativa é que a participação do Agro no PIB do Brasil aumente para 30% ante 26,6%, observado em 2020, e gere R$ 2,6 trilhões, um recorde de acordo com a projeção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Há, neste momento, tendência da estimativa de recorde se confirmar. Primeiro porque não há no radar grandes chances para reversão nos patamares de preços de grãos, por exemplo, que têm sido um dos principais fatores para melhora de desempenho do setor. Segundo porque a demanda externa deverá se manter firme, além das previsões do Boletim Focus para o câmbio, que não apontam para menos de R$ 5 por dólar até o fim do ano. As quebras de safra também já foram incorporadas nas estimativas, segundo pesquisadores. Ou seja, ao que tudo indica, virá do agro o impulso relevante para economia brasileira seguir em frente.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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