Soja 24/25: compra de insumos está atrasada

Comercialização de fertilizantes, sementes e defensivos está abaixo da média

  • Por Kellen Severo
  • 27/03/2024 08h02 - Atualizado em 27/03/2024 09h30
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Dirceu Portugal/Fotoarena/Estadão Conteúdo Produtores rurais de Maringá, na Região Centro-Oeste do Paraná, aproveitaram o clima seco com previsão de chuvas intensas, para começar o plantio de soja Índice Brasil de negociação de fertilizantes para o 2º semestre de 2024 é de 20% e está abaixo da média dos últimos 3 anos

Os negócios para a safra 2024/2025 estão atrasados neste momento em relação à média histórica. As vendas de fertilizantes, sementes e defensivos estão atrasadas, principalmente porque a queda no preço dos grãos inibiu a tomada de decisão dos produtores rurais. O índice Brasil de negociação de fertilizantes para o 2º semestre de 2024 é de 20% e está abaixo da média dos últimos 3 anos. As regiões Norte, Nordeste e Sul são as mais atrasadas, com 16% e 17% das compras de adubo feitas antecipadamente. Os estados do Centro-Oeste estão mais adiantados, com 24%. Segundo a última pesquisa da StoneX Brasil, os resultados de atraso na tomada de decisão de compra indica uma mudança no perfil do produtor agrícola brasileiro, que tem comprado cada vez mais próximo do plantio.

No caso das sementes e dos defensivos agrícolas, a Agrinvest Commodities também aponta atraso. Até o dia 15 de março, 11% das compras de sementes tinham sido feitas abaixo da média que ficava ao redor de 30% dos últimos três anos-safra. Os agroquímicos também estão com lentidão nos negócios. Segundo a empresa, até o momento 7% das compras foram realizadas, contra 38% da média nacional para o período. O cenário de quebra de safra e redução de preços dos grãos ajuda a explicar a mudança no comportamento de compra dos agricultores e o atraso na tomada de decisão para o segundo semestre. A formação de carteira das empresas está mais lenta e, pelas conversas que tive com diferentes consultores de mercado, deve continuar assim, pelo menos até que se confirmem melhores oportunidades para os produtores rurais na relação entre o preço da commodity e os insumos.

 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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