Especialista ensina três passos para que a harmonização facial não vire um pesadelo
A dentista Fabiane Miranda ressalta que é preciso respeitar as características individuais e fazer um planejamento para manter o resultado
Podemos afirmar que a harmonização facial está em alta. Aliás, o procedimento está em crescimento no país e virou febre entre famosos e anônimos. Alguns resultados dividem opiniões, mas o que mais chama a atenção ao analisar o cenário é a rapidez e tecnologia empregados em prol da melhor versão visual de cada um. Não existe a frase que diz que a primeira impressão é a que fica? Sim, cada dia mais nossa imagem é vinculada ao nosso sucesso profissional e pessoal, e não poderia ser diferente. Uma pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês) informa que, entre 2016 e 2020, o uso de procedimentos não cirúrgicos injetáveis apresentou um aumento de 24,1% no Brasil.
O motivo da busca é o surgimento de tratamentos inovadores. “Há muitas possibilidades de tratamentos, sendo que os procedimentos estão cada vez mais modernos. Vale ressaltar que a alta demanda não significa que está sendo feito um trabalho de qualidade. É importante que as pessoas tenham em mente que a harmonização facial é uma aliada da beleza e bem-estar. Aplico em consultório o método exclusivo chamado “lapidando sem exageros”, em que faço questão de manter a essência visual do paciente, bem como traço junto a ele um planejamento com foco em manter a beleza em dia, porque não adianta fazer algo e não conseguir manter o resultado a médio e longo prazo”, salienta a dentista e especialista em harmonização facial Fabiane Miranda.
A procura não é apenas de mulheres. Há opções exclusivamente para eles também, sem estigmas. “Os homens estão cada dia mais vaidosos e investem mais na autoestima. Há procedimentos como a toxina botulínica, que não causam mais espanto entre eles. Porém, é preciso ter cautela. Acredito que alguns problemas de saúde podem ser decorrentes da baixa autoestima. Muitas pessoas se sentem mal e não querem socializar, outras podem ter seu psicológico abalado por não se sentirem bem com a própria aparência. Elevar autoestima é um dos pilares para elevar a autoconfiança, pois os nossos resultados estão diretamente ligados à confiança que sentimos quando olhamos no espelho. Acredito que você muda de vida a partir do momento em que está de bem com a sua imagem”, explica a especialista.
Assim como vemos o aumento da demanda, também notamos insatisfação com excessos. Alguns famosos viram notícia ao reverter o procedimento. “Oriento que é preciso escolher um profissional experiente, que domine anatomia, fisiologia do envelhecimento e proporções faciais. Cada paciente possui necessidades específicas e tudo precisa ser muito bem conversado. É preciso, antes de qualquer coisa, entender a necessidade individual de cada um para que não haja uma padronização ou até descaracterização de identidade. Ressalto que é crucial ter bom senso e clareza para que saúde e estética andem juntos. Para promover rejuvenescimento e evidenciar a beleza, é preciso mais do que tecnologia e conhecimento. Estamos em constante evolução. Por esse motivo, decidi me especializar fora do país, em mais de 50 cursos na área, dentre eles, uma pós em estudos anatômicos no Marc Institute-Miami e na Harvard Medical School-Boston. Além disso, faço participações anuais no Congresso Imcas-Paris, conhecido por ser renomado no mundo estético”, finaliza.
A pedido da coluna, a profissional elencou três passos essenciais para que a harmonização facial não vire um pesadelo. Confira:
- Encontre seu padrão de beleza: muitos pacientes tentam se encaixar no padrão atual e acabam recorrendo a profissionais que não respeitam a individualidade de cada um e modificam suas características naturais, podendo levar até à perda de identidade, causando frustrações e arrependimentos. É primordial alinhar queixas com necessidades e expectativas para que seja realizado um trabalho com cautela e direcionamento.
- Escolha um profissional especializado e indicado: é necessário alguém experiente, que domine anatomia, fisiologia do envelhecimento e proporções faciais. Além disso, o responsável pela harmonização precisa entender a necessidade individual de cada pessoa para que não haja uma padronização de rostos e todos fiquem com o mesmo formato facial. E o mais importante: o especialista necessita ter bom senso e clareza que saúde e estética andam juntos, mas saúde vem sempre em primeiro lugar.
- Entenda que a harmonização fácil está aliada à beleza, ao bem-estar e saúde mental: o conceito de um rosto bonito, de traços bem-marcados, com “proporções ideais”, tem ganhado cada vez mais adeptos. Apesar da popularização dos procedimentos, pouco se fala sobre os riscos existentes por trás dos processos quando realizados de forma padronizada e exagerada. “A FDA (Food and Drug Administration) nos orienta através das evidências científicas e ressalta que, para realizar os procedimentos com segurança, devemos aplicar no máximo 20 ml de ácido hialurônico para um peso corporal de 60 quilos”, detalha. “Acredito que alguns problemas com saúde são decorrentes de baixa autoestima. A harmonização facial ajuda a transformar e a formar como as pessoas se veem. Vale ressaltar que muitos se sentem mal e não querem se olhar no espelho ou socializar. Outros podem ter seu psicológico abalado por não se sentirem bem com a própria aparência. Elevar a autoestima é um dos pilares para aumentar a autoconfiança, pois os nossos resultados estão diretamente ligados à confiança que sentimos quando nos olhamos”, ressalta.
Além de tudo isso, a doutora ressalta que o planejamento do processo é essencial. “É preciso oferecer um planejamento que caiba no bolso do paciente, pois todos os procedimentos precisam de manutenção periódica e esse gasto deve estar previsto. O profissional deve ser responsável pelo planejamento de hoje e do próximo ano. Então, quanto mais acessível for o planejamento, mais ele conseguirá manter os resultados”, finaliza.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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