Filho de ex-boia fria que quebrou seis vezes é empresário milionário que ensina como se dar bem em tempos de crise

‘Ser humano precisa ser positivista’, declara Edgar Ueda, investidor do mercado imobiliário

  • Por Renata Rode
  • 17/01/2023 09h00
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Instagram/@ edgaruedaoficial Foto de empresário do ramo imobiliário Edgar Ueda é CEO da Neximob, maior Hub de Inteligência Imobiliária do Brasil

A quebra de paradigmas acompanhou Edgar Ueda desde cedo. Afinal, o milionário que hoje ensina multimilionários a aumentarem suas fortunas por meio do mercado imobiliário confessa que tinha tudo pra dar errado, se não fosse pelo seu temperamento, dedicação, estratégia e positividade. “O ser humano precisa ser positivista e a maioria é negativista. O que isso ocasiona? Pessimismo, falta de perspectiva e, mais do que isso, dessa forma você alimenta os chamados sugadores de energia que podem sim lhe causar prejuízos, não só na vida pessoal como profissional”, comenta. Como um empresário que já quebrou meia dúzia de vezes fala sobre isso com tanta propriedade? Resiliência. 

O convite para a exclusiva na coluna aconteceu porque Ueda foge do estereótipo do homem de negócios “convencional”. Somente quem viveu na pele a falência pode nos dar dicas de como sobreviver às crises, certo? Terminando o raciocínio sobre o desequilíbrio energético e como isso influencia nossa vida, o investidor complementa: “Para que a energia boa possa tomar conta do cenário, é preciso dedicar-se com estudos, planejamento, criando metas e processos. Hoje temos a ferramenta de pesquisa que pode nos ajudar a sair do local comum, independente de ter faculdade ou não”, declara.

De acordo com a análise do empresário, enfrentamos nos últimos anos um conjunto de crises. “O momento que estamos vivendo é bem crítico, porque ele vem em uma sequência de eventos nada positivos. Enfrentamos uma crise sanitária com a pandemia, que desencadeou uma crise econômica. Depois, veio a crise da guerra lá fora, depois vem a crise política, depois vem um monte de muitas outras coisas que acabam gerando muita confusão mental, principalmente pra quem não tem inteligência emocional. O impacto é muito grande para quem não tem essa resiliência, essa inteligência emocional de administrar todos esses eventos críticos. É preciso entender que não controlamos tudo ao nosso redor”, avalia. “O que é externo não está a seu controle e você deve se questionar até onde vai a sua intervenção, ou seja, até que ponto o que você não consegue controlar tem poder sobre você”, acrescenta. 

O CEO de uma empresa multimilionária no setor de imóveis, que já rodou mais de 25 países e é autor best-seller de cinco livros, explica que o principal movimento para se ter sucesso é a ação imediata, diante de qualquer situação. “Quando você entende e tem um nível consciente que é um evento e que é passageiro e que você vai passar dessa fase, você suporta essa derrota e esse fracasso com muito mais naturalidade e age rapidamente procurando soluções para transmutar o cenário”. Ele divide suas experiências em palestras e consultorias e, quando questionado sobre dicas para enfrentar a crise, responde sem pestanejar: “Pode parecer chover no molhado, mas em primeiro lugar é preciso controle sobre as finanças: você nunca deve gastar o que ganha e muito menos o que não tem. Quando gastamos o que não temos, uma hora a conta não fecha. Sobre guardar dinheiro, pode parecer impossível, mas não é. Quando eu digo ‘não gaste tudo o que ganha’, quero dizer ‘diminua o happy hour, compre menos roupas, adeque um restaurante e por aí vai’. Invista em outras fontes de renda, descanse somente aos domingos se dedicando aos sábados a uma outra atividade remunerada e não perca o foco. Outra dica é: tenha uma renda passiva, ou seja, faça algum investimento para que o dinheiro trabalhe sozinho, afinal, se você ficar doente ou precisar de uma reserva, o valor estará lá”.  

Especialista no mercado imobiliário, Ueda diz que 2023 é um ano que pede sim esse tipo de investimento. “O brasileiro é patrimonialista, os nossos avós falavam: quem investe em terra, nunca erra. Você pode investir em um imóvel não só para ter um bem, mas para poder parar de pagar aluguel, ou ainda, se é o caso de uma segunda propriedade, rentabilizar com o aluguel. Se pararmos para analisar, 90% dos milionários, multimilionários nos Estados Unidos e no mundo, ficaram ricos investindo em imóvel. Se o cara tem uma boa assessoria, uma boa consultoria, com especialista financeiro, se ele é um cara que entende do mercado imobiliário, aí ele vai ganhar muito dinheiro, comprando e vendendo, comprando e alugando imóveis. Hoje, investir em imóvel, em 2023, em 2024 ou em 2025 ainda é o melhor negócio, porque o Brasil tem um grande déficit habitacional. De acordo com os números, até 2050 nós não vamos conseguir atender a demanda existente. Então tem muita demanda pra pouca oferta”, finaliza. Depois dessa aula, acho que vou diminuir os gastos no cartão de crédito e seguir os passos do “papa dos negócios impossíveis”, apelido dado ao nosso entrevistado pelo mercado do segmento. Anotou?

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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