‘O segredo está na autenticidade’, diz especialista sobre o desejado selo azul nas redes
Camila Silveira elenca 5 erros que as pessoas cometem online e a verdade sobre o verificado
Foi dada a largada pela corrida pelo selo azul no Instagram e Facebook. O serviço de assinatura chamado Meta Verified anunciou sua chegada ao Brasil com plano mensal a R$ 55 quando comprado direto pelo aplicativo, disponível em iOS (iPhone) e Android. O valor é para cada plataforma individualmente, sendo que contas de negócios e marcas não terão acesso por enquanto. Assim que for liberado verdadeiramente, ele poderá ser realizado desde que a conta possua um histórico de postagens. Perfis que já possuem a verificação permanecerão com o selo neste primeiro momento.
Para Camila Silveira, empresária do ramo digital reconhecida pela Forbes e também diretora da Câmara de Comércio Angola-Brasil, pessoas detentoras de cargos políticos, jornalistas e cidadãos com obrigatoriedade de expressão pública têm direito à exigência dessa verificação, sendo que o recurso para solicitar está disponível na plataforma de gerenciador do Facebook, que é a plataforma “raiz” do Grupo Meta. “Neste momento, o selo ainda é um símbolo de autoridade, já que a clonagem de contas é um sério problema e a verificação é um registro de veracidade da conta. Com a venda desse símbolo, a valorização monetária perante as marcas será resumida à veracidade, não tanto à autoridade, sendo cada vez mais importante a notoriedade real na mídia da imagem dessa personalidade. As pessoas que veem uma conta verificada tendem a associá-la com um perfil exclusivo, cheio de autoridade e credibilidade naquilo que apresenta. Ou seja, toda vez que algum usuário se depara com o selo azul, isso vai gerar nele, no mínimo, alguma curiosidade acompanhada do seguinte pensamento: essa marca ou pessoa sabe postar conteúdo de qualidade e pode ter algo a me acrescentar”, ressalta Camila.
Geralmente, além de autênticas, as contas verificadas possuem muitos seguidores e têm um alcance potencializado, podendo atingir grandes audiências. Para as marcas e empresas em busca de visibilidade, não poderia haver opção melhor. Ainda, quem tem o selo de autenticidade do Instagram também recebe destaque nos mecanismos de busca, já que a rede social os enxerga como prioridade entre os demais usuários.
Para a expert em mídia, um dos maiores erros que alguém pode cometer no Instagram (ou em qualquer rede social) é comprar seguidores ou querer mascarar uma situação que não seja real. “O segredo da rede social sempre é a autenticidade. Outro erro comum é o uso de imagens ruins. Lembre-se: imagem é tudo, especialmente no Instagram. Ainda, hashtags ineficientes, ou que façam suas redes serem mostradas a seus concorrentes e não a clientes, é um pesadelo para cerca de 92% dos usuários. Além disso, realizar muitas postagens na mesma hora, que fazem com que um post “derrube” o engajamento do outro e nenhum chegue às pessoas que necessita, é outra armadilha. A dica de ouro? Use os stories”, ensina.
Aproveitando todo know-how da entrevistada, esta coluna foi além e também questionou o que é melhor para engajar: reels ou carrossel? “O reels atrai um número maior de pessoas por normalmente já ser um hábito elas estarem vendo vídeos rápidos de maneira recorrente, mas isso não significa que aquele público será seu público que irá comprar seu produto ou pagar pelo seu serviço em questão. O carrossel, embora não tenha o mesmo fluxo de visibilidade, tem uma retenção maior de atenção de público direcionado, o que já é atestado nas últimas publicações feitas pelo Instagram, que o feed tem proporcionado mais engajamento que o reels, e esta estratégia de apostar apenas em reels para visibilidade não é a melhor estratégia atual”.
De acordo com a empreendedora, mais importante que estudar o conteúdo é estudar o público direcionado. “O mais importante é a observação no comportamento do público que pretende que seja visto e saber que seu post terá uma vida útil de uma média de 2 horas em pico de entrega no máximo, ou seja, não adianta eu postar na hora que for mais confortável para mim, mas o horário mais próximo que meu público esteja presente. Uma solução primordial neste caso é utilizar a agenda automática de postagens oficial do Grupo Meta que também, no decorrer do uso, lhe entrega métricas que identificam os melhores horários, hashtags e estilos de postagens”, finaliza.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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