Conheça mais como funciona a contratação do ‘carro por assinatura’
Modalidade de locação de veículos já é uma realidade no país
Como todos sabem, um importante e representativo segmento para a nossa economia é o setor automotivo. Independentemente do momento econômico, seja ele promissor ou de recessão, o mercado automotivo possui extrema relevância nos rumos econômicos do país, servindo até como um balizador do poder de compra da população. Por esta razão, e em muitos momentos da nossa história, o setor automotivo sempre nos trouxe uma série de avanços responsáveis por boa parte do nosso crescimento econômico. Não há como esquecer o “Proálcool”, lançado ainda no Governo Ernesto Geisel (1976). Também tivemos a abertura da importação de veículos autorizada pelo Governo Collor (1990), além do início da produção dos carros flex (abastecidos com álcool ou gasolina) em 2003. Esses são apenas três importantes exemplos de evoluções no setor automotivo que nos permitem demonstrar a relevância do setor para a nossa economia. E muitas outras surgiram e continuam a surgir.
Uma destas mais recentes evoluções, já conhecida por muitos, é o mercado de “carro por assinatura”, que a cada dia vem conquistando uma considerável parcela na preferência do consumidor brasileiro. Nesse sentido, antes de tudo é importante fazermos uma ressalva e diferenciação: não devemos confundir “carro por assinatura” com “locação de veículos”. O mercado de “carro por assinatura” é um negócio totalmente diferente da locação de veículos. Certamente uma das principais diferenças existentes entre as duas modalidades de negócio (assinatura e locação) é o fato de que no modelo de “carro por assinatura” são fornecidos apenas veículos zero quilômetro, possibilitando ao contratante a utilização de um carro novo, diferentemente dos contratos de locação que disponibilizam veículos usados aos seus locatários.
Além da questão envolvendo o estado do veículo (zero km ou usado), o tempo de contrato também diferencia as duas modalidades. A locação (veículos usados) contempla a disponibilização do carro por períodos mais curtos, inclusive de apenas um dia, até períodos mais longos. Por outro lado, quando falamos em carro por assinatura, os contratos preveem prazos mais longos, que no geral podem variar de 12 até 36 meses. Ao final do contrato, dependendo do interesse do consumidor, ele pode simplesmente devolver o veículo ou efetuar a renovação da assinatura para que tenha um outro veículo novo na garagem. Também é importante destacar que nos contratos de carro por assinatura estão inclusos os valores que seriam gastos pelo proprietário de um veículo com pagamento de seguro, IPVA, licenciamento e manutenção. Não bastasse isso, é necessário considerar que com o “carro por assinatura” o consumidor não sofre com a desvalorização do bem em razão do passar do tempo.
Feitas estas observações que contemplam as características de se contratar um “carro por assinatura”, fica fácil perceber o motivo de sucesso desse mercado, bem como entender todo interesse dos consumidores na modalidade em comparação com a compra de um veículo, seu financiamento ou aluguel. Contudo, não há como afirmar qual a modalidade mais vantajosa para o consumidor, pois existem outros fatores que precisam ser analisados, como por exemplo suas necessidades pessoais de uso, incluindo a média mensal de quilometragem percorrida. Esta análise é muito pessoal e deve ser feita com cuidado. E com cuidado também deve ser feita a análise do contrato que será assinado, já que cada empresa fornecedora de “carro por assinatura” possui suas próprias regras. Em especial sugiro que o consumidor tire as suas dúvidas com a empresa e que fique devidamente ciente dos seus direitos e obrigações, inclusive em um dos pontos fundamentais que seria a devolução antes do termino do prazo previsto. Por fim e não menos importante, é fundamental que se compare preços e que se busque por empresas idôneas e conhecidas no mercado. Não contrate além do que se precisa e nem de forma precipitada. O formato de negócio é bom, vale ser considerado e pode ser uma alternativa para muitas pessoas. Boa sorte!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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