A seleção brasileira que disputou a Copa de 1974 era econômica em gols e sentiu a falta de Pelé

O Rei tinha se despedido da camisa amarela em 1971, mas ainda possuía condições físicas de jogar a competição na Alemanha

  • Por Thiago Uberreich
  • 24/01/2025 09h00
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ARQUIVO/ESTADÃO CONTEÚDO Rivelino comemora seu gol em partida válida pela segunda fase da Copa do Mundo de 74, disputada na Alemanha Rivelino comemora seu gol contra a Argentina, em partida da segunda fase da Copa do Mundo de 74, na Alemanha

Na coluna de ontem, destaquei a derrota nacional para a Holanda, em 1974. A preparação para o Mundial, disputado na Alemanha, foi turbulenta e cheia de percalços. Com a conquista do tricampeonato, em 1970, o Brasil estava classificado automaticamente. Entretanto, a principal baixa foi a ausência do maior jogador em todos os tempos.

Pelé se despediu da seleção em 1971. Em 1974, aos 33 anos, teria condições físicas de jogar a Copa. Em 2013, o ex-atleta revelou ter recebido um convite para defender a equipe, mas rejeitou em sinal de protesto contra a ditadura. Ele contou inclusive que a filha do presidente Ernesto Geisel pediu para que voltasse à seleção, mas Pelé não cedeu.

Além do desfalque do eterno camisa 10 do Santos, o Brasil também não contou com dois astros de primeira grandeza: Gérson e Tostão. Os jogadores tinham participado da Minicopa que o país organizou e conquistou em 1972. A final foi disputada contra Portugal, no Maracanã, com vitória da seleção por 1 a 0, gol de Jairzinho. O “furacão” da Copa de 1970 e Rivellino estavam garantidos na Alemanha.

Em 1973, o time nacional fez uma extensa excursão à Europa e foi muito criticado. Em 21 de junho daquele ano, o Brasil perdeu por 1 a 0 para a Suécia. A imprensa não perdoou o time de Zagallo pela má atuação. O amistoso seguinte foi contra a Escócia, quando os atletas assinaram um documento que ficou conhecido como “manifesto de Glasgow”, em que cortavam relações com a imprensa. 

Campanha da seleção brasileira na Copa de 1974

Primeira fase

  • Brasil 0x0 Iugoslávia
  • Brasil 0x0 Escócia
  • Brasil 3×0 Zaire

Segunda fase

  • Brasil 1×0 Alemanha Oriental
  • Brasil 2×1 Argentina
  • Brasil 0x2 Holanda

Disputa do terceiro lugar

  • Brasil 0x1 Polônia

Era uma seleção econômica de gols e que não encantava ninguém. Talvez, a melhor partida da equipe foi contra a Argentina. Ouça um compacto do duelo com a narração de Osmar Santos pelas ondas da Jovem Pan

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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